Um dia especial! - um conto... um encontro... uma história!
Postado por
Roberta Farig
às
20:53
Tomar banho ouvindo Lorde cantando - Royals - é no mínimo excitante. Depois de um dia estressante de trabalho onde sua chefe frustrada resolve descontar suas iras em você que esta sempre com um sorriso no rosto independente do que for, é foda. Não, não é, por que se fosse era muito bom, é uma merda mesmo.
Duna é meu nome e estou completando 27 aninhos hoje - ebaaa. Pois é, são alguns anos de uma vida que eu espero ser longa. Tenho mil planos, mil sonhos e desejos que faço questão de realizar.
Não sou muito apegada as pessoas, minha mãe morreu quando eu ainda era uma adolescente de infarto e isso marcou-me demais, minha adorada mãe. Um exemplo de pessoa, de mulher e de ser humano para mim. Passei então a morar com meu pai, mas não por muito tempo. Logo em seguida a morte de minha mãe ele casou novamente, se juntou com uma mulher mais velha que ele uns 9 anos. Na verdade era tudo que ele precisava, ela é rica e bonitona, e ele um sem vergonha de um gigolô que fez minha mãe trabalhar por toda a sua vida pra bancar a casa, a mim e os caprichos dele. Para ele foi a melhor de todas as alternativas. E eu tive que engolir isso por um tempo. Ela, a tal mulher que nem me lembro o nome não era má para mim, na verdade não nos falávamos e pouco nos cruzávamos, eu vivia no meu quarto então nunca fui um estorvo.
Assim que completei 18 anos peguei meu rumo e fui a luta, já estava cursando o primeiro ano da faculdade de letras e já trabalhava como auxiliar pedagógica em uma escola. Depois do dia em que sai de casa sem dar tchau ou mesmo olhar para trás vi meu pai apenas mais 3 vezes, duas delas em velórios e uma no advogado que cuidou a divisão do bem que minha mãe nos deixou, a sua casa tão batalhada e conquistada. Lembro que dirigi a palavra uma única vez a ele, quando ele disse:
- Bom, vou aproveitar essa grana pra trocar de carro e comprar uma moto.
Olhei bem para ele, aqueles olhos da cor dos meus, mas tão inexpressivos, todo engomadinho, cheio de sí e disse.
- Faça bom proveito do que minha mãe conquistou. Ela sempre me ensinou a dar sem esperar nada em troca, e foi exatamente isso que aconteceu. Ela deu de tudo a você, e você nada deu a ela, e pior ainda, tirou. Graças aos céus que ela não esta aqui para presenciar a tristeza de ver a metade de tudo que ela batalhou muito para conquistar indo para as mãos de um gigolô barato.
Não esperei resposta, disse ao meu advogado que tomasse todas a providencias e depois me informasse. Coloquei meus óculos escuros para esconder minhas lágrimas de raiva e sai porta a fora sem dizer "adeus".
Fiquei alguns dias chocada e saudosa da minha mãe, mas nada que um dia cheio de trabalho não resolva. Nessa época já trabalhava na Editora TAL, uma editora modesta, mas que já estava conquistando seu lugar no espaço, tanto que hoje é uma das mais conceituadas do mercado.
Tita Lia é a dona da editora que começou apenas para divulgar seus trabalhos e com o passar do tempo tornou-se grandiosa e movimentada, com seus escritores bombando no mercado literário. O problema dela é que esse ser é instável, não sabe se quer a noite ou o dia e exige que eu, que sou sua funcionária mais próxima, adivinhe suas vontades, eu mereço né? Mas quero esquecer disso, pelo menos hoje, é meu aniversário!
Terminei meu banho dançando ao som de Beyoncé, cantando quando sabia e brincando com as letras quando entendia. Estava feliz, apesar de tudo. Moro sozinha em meu apartamento de um quarto. Não é uma kit, pois as peças são todas divididas é apenas pequenino e perfeito para mim. Não costumo ter muitas pessoas me visitando, sou daquelas que tem poucos amigos. Digo que tenho poucos, mas que são os melhores, pois sabem respeitar meu espaço e meu jeito reservado de ser. Tenho a Barby e a Julia, que são amigas de sempre de tudo. As duas já estão encaminhadas em suas vidas. A Julia é casada e tem uma filha linda que chamamos carinhosamente de Duda. tem uma vida pacata e feliz ao lado do Eduardo. Já Barby é noiva do Junior. Um homem que faz de tudo por ela, desde abrir a porta do carro para ela entrar até satisfazer seus caprichos, desejos culinários e mimos. Ela é feliz assim, eu particularmente não sei se gostaria de alguém feito um chiclete no meu pé, mas cada um sabe o que é melhor para si. Hoje as duas conseguiram alvará com seus amores para saírem e jantarem comigo. Além delas o Dinho, nosso amigo mais especial vai também. Ele acaba de sair de um relacionamento bem conturbado onde seu parceiro o trocou por uma loira azeda. Esta no chão, mas é um ser tão especial que sorri mesmo com vontade de chorar.
Separei um vestidinho curtinho dourado chamativo, para essa noite. Vamos a um restaurante chinês comer sushis e tudo mais. Eu amo a culinária japonesa e seria o lugar ideal para comemorar meu aniversário. O local é novo, um lounge bem aconchegante que tem nos fundos uma danceteria. As meninas deixaram claro que vão apenas jantar, o Dinho nada falou, mas eu tô bem afim de dar um esticadinha, pois além de ser meu aniversário eu tô merecendo. Algo me diz que essa noite vai ser inesquecível, e assim eu espero.
Essa semana meu couro foi tirado na editora, a Tita não sabe resolver os problemas que se envolve e acaba por jogar a bomba no meu colo. Desta vez foi uma escritora em inicio de carreira que quer lançar seu livro e nos procurou. Seu livro é bem bonitinho, um romance bem meladinho, mas que certamente fará um sucesso com as leitoras românticas. O problema é que os prazos de entrega e lançamento foram se esgotando, tudo por que a Tita teve um "pit" com o povo da gráfica e eles se recusaram então a rodar o livro. Se ela tivesse me falado isso antes talvez tivesse resolvido, mas ela sempre se acha o suprassumo do máximo. Ai agora a merda toda caiu nas minhas mãos. Conversei com a escritora que estava enfurecida, e com razão, mas com jeitinho consegui convence-la a esperar por mais alguns dias e então eu resolverei o problema. O pior é que Tita achou ruim eu fazer a política de boa vizinhança com a escritora, achou que eu deveria deixar ela nos processar, como já aconteceu antes. Mas não são boas as lembranças dos processos sofridos anteriormente pela editora. Um deles por sinal quase nos levou a falência. Bom o caso é que a Tita é uma ótima revisora, uma ótima caça talentos, mas uma péssima administradora. Então eu que sou apenas uma auxiliar de edição acabou desempenhando diversos papeis em meu trabalho. É bom ser útil, mas é melhor ser valorizada por isso, só que não sou. Então ultimamente ando trabalhando desmotivada, cansada e já pedi minhas férias vencidas a meses. O telefone tocou tirando-me de minhas tristezas.
- Oi boneca, esta pronta? - Dinho e seu jeito único de me deixar feliz.
- Já te disse que te dou casa, comida e roupa lavada? - Brinquei - Estou só nos retoques finais.
- Certo, em quinze minutos estou ai. - Desligamos e eu tratei de terminar de me arrumar.
Pontualmente meu interfone tocou quinze minutos depois, desci toda confiante, estava uma gata.
- Opa! - exclamou Dinho. - Acho que vou reconsiderar suas investidas minha deusa.
Gargalhei divertida. Estávamos lindos, eu vestia um vestidinho curto dourado fosco com detalhes em preto, brincos delicados e uma rasteirinha de cor preta com brilhos em strass dourado e Dinho estava lindo em um traje negro, todo social e muito cheiroso. Ele sempre se veste bem quando sai conosco, disse que isso nos protege de homens abusados. As meninas adoram e eu apenas aturo né aff.
- Vamos? - Perguntei dando uma piscadinha.
Saímos em direção ao restaurante em seu carro importado. Dinho é um gerente de uma loja automotiva e tem tido sucesso em seu trabalho. Fomos cantando músicas de Pink, Morron5 e alguns outros. na verdade ele cantava fluentemente e eu apenas enrolava, cada vez mais consciente que deveria voltar para minhas aulas de inglês. Chegamos minutos depois e Julia e Barby já nos esperavam em uma mesa reservada. O local era mesmo lindo, aconchegante e muito bem frequentado, pessoas lindas estavam em toda parte.
- Olá meninas lindas do meu coração! - Saudei abraçando e beijando minhas amadas amigas.
- Oi minha linda, feliz aniversário mais uma vez! - Disse Barby que já tinha me ligado logo cedo para me felicitar.
- Parabéns amiga! Que esse aniversário te traga um homem bem lindo para você dar jeito em sua vida. - Julia, sempre querendo me arranjar um marido.
Abracei-as com vontade, amo o jeito que elas me tratam e a sinceridade de nossa amizade. Dinho juntou-se a nós em um big abraço. Logo sentamo-nos a mesa e pedimos então nossa combinação gigante de sushis. Diferente de outras vezes que sempre comemos mais do que bebemos pedimos um drink cada um e brindamos a nossa felicidade.
- Eu faço esse brinde em agradecimento a vida. Por tudo que tenho recebido, mesmo que parte disso seja aturar a chata da Tita, mas que mesmo assim é quem me dá emprego. Agradeço por ter vocês em minha vida, uma grande alegria para mim. - Eu fiquei emocionada. Todos nós ficamos na verdade.
Conversamos, bebemos e comemos muito, eu mesma estava me sentindo estufada. O Dinho visivelmente estava alegrinho, meio que aproveitou para afogar as mágoas. As meninas logo estavam impacientes por voltar para seus amores e eu vi que terminaria a noite sozinha.
Despedimo-nos e eu fiquei um pouco mais ali, sentada e bebendo um ultimo drinqk. Logo percebi uma movimentação intensa de entrada em uma porta. Era a entrada da danceteria do local. Nunca tinha ido lá, na verdade a tempos não saia para dançar. Não estava muito animada, afinal estava sozinha, mas alguma coisa disse para que eu fosse até lá e me divertisse. Peguei o copo do meu drink e fui em direção a porta. O segurança abriu a porta para mim sem questionar e eu entrei. A música eletrônica tocava alto e muitas pessoas dançavam na pista de dança. Era um local pequeno, meio que "VIP" e pensei que então aquele não era o lugar que eu deveria estar. Fui me virando para sair quando esbarrei em um homem lindo de morrer. Para minha infelicidade derrubei toda minha bebida nele que estava vestindo uma camisa branca e que ficou amarelada com minha bebida.
- Oh, desculpe! - Eu disse completamente sem graça. Ele estava paralisado, parecia enfurecido comigo e eu percebi que estava encrencada.
- Deveria olhar por onde anda moça. - Ele disse agora tentando afastar a blusa colada ao seu belo corpo.
- Bom, na verdade não tenho olhos nas costas, então creio que tenha sido um acidente. - Respondi defendendo-me, afinal não tive a intenção de trombar com ele. Mas tava tão hipnotizada por seu corpo que nem estava raciocinando direito.
Ela parou e me olhou, parecia intrigado com minha boca bem ágil. Abriu um sorriso maroto e saiu, deixando-me ali parada a ver navios.
Fiquei muito brava, além de ter ficado sem meu drink fiquei chupando o dedo, com vontade de chupar outra coisa. - "Meu Deus, controle-se Duna!"
Resolvi voltar ao bar e pegar outro drink antes que minha noite se acabe.
Sentei em um banco vario no canto do bar e pedi minha bebida. A garçonete parecia muito simpática e caprichou no meu copo. Será que ela viu o quão desastrado tinha sido meu ultimo encontro? Sorri sozinha relembrando o que aconteceu, do meu encontrão com aquele pedaço de carne delicioso. Só de lembrar senti meu corpo reagir cheio de tesão. Como pode isso? Não sou nenhuma santa, mas só de esbarrar em alguém e já ficar assim é no mínimo loucura!
- É por conta da casa. - Ali percebi que minha suspeita tinha um grande fundamento.
- Vou aceitar como presente de aniversário. - Respondi divertida e ela então abriu um lindo sorriso e deu uma piscadela para mim. Não entendi nada, só espero que ela não esteja me cantando. Nada contra, só não sou adepta a sexo com pessoas do mesmo sexo que eu.
Continuei contemplando o lugar que era muito bem decorado,uma iluminação bem over e pessoas de todos os estilos, mas claramente a alta sociedade predominava nesse lugar. Ainda bem que eu estava super bem vestida, ou me sentiria um peixe fora d´agua. Resolvi levantar-me e dançar um pouco, logo iria embora então só queria relaxar ao som de uma boa música. Fiquei perto do balcão, assim teria onde apoiar o meu copo.
Musicas variadas tocaram, todas remixadas, com Guetta predominando, e eu estava extasiada, amo Guetta, tanto que o toque do meu celular é a musica Titaniun. E quando ela começou a tocar então, permiti-me soltar meu rebolado deixando meu corpo ser guiado pelas batidas da música. Tem uma parte da música que fala assim: "Sou criticada, mas todas as suas balas ricocheteiam. Você me derruba, mas eu me levanto!" Essa parte tem tanto a ver comigo, com minha vida, com minhas lutas e com minhas vitórias e também derrotas, pois ambas nunca deixam-me ao chão. A música terminou, eu estava me sentindo feliz e pronta para ir pra casa, quando a simpática barwoman veio ao meu encontro.
- Por favor, você poderia me acompanhar?
- O que? - Perguntei sem entender nada.
- Estou convidando você para me acompanhar, por favor. - Ela esclareceu simpática.
Fiquei receosa, afinal não creio que tenha feito nada de errado. Bebi apenas o drink que ganhei de cortesia da casa, até por que não estava inspirada para encher a cara e dancei apenas para mim mesma, quietinha no meu canto. Mas percebi que não teria muitas alternativas e agora a curiosidade já estava aguçada. Segui-a até uma porta no canto do local onde tinha um segurança na porta muito sério. Olhei para ele até que a moça convidou-me a entrar. Ele me encarava e eu assim que entrei dei uma piscadela para quebrar o clima e deu certo, ele abriu um sorriso torto que continha uma grande vontade de gargalhar.
O lugar era claro, tons pasteis predominavam no ambiente, um sofá que mais parecia um divã estava localizado no centro do ambiente, que não soube distinguir se era um quarto, uma sala ou sei lá o que. no lado direito de quem entra tinha um painel com fotos sensuais de mulheres e homens agarrados, parecia uma seção orgia. Sob o painel tinham uma bancada cheia de gavetas, ao que parece de madeira maciça. minha curiosidade agora estava voltado ao que poderia ter nessas gavetas, mas preferi apreciar o resto do ambiente, quando fui surpreendida.
- Boa noite dona estabanada.
- Ah, não acredito! - Estava surpresa.
Era o dito cujo que esbarrei a pouco na pista de dança. Esta sentado em uma poltrona atrás de uma mesa grande, também de madeira maciça.
- O que foi, não gostou de me ver?
- Pergunta difícil de responder nesse momento. - Respondi muito debochada e ele apenas sorriu. - Você é quem vai me dizer se gostarei ou não de encontrar você aqui.
- Que boca ligeira e esperta. Direta você, ein?
- Sempre. - Respondi sem rodeios.
E realmente em minha vida sempre fui muito direta, praticidade e agilidade são meus lemas. Afinal, sozinha na vida, dependendo e contanto apenas comigo mesma, era de se esperar atitudes assim, não é verdade?
- Mas e ai, o que me trouxe até aqui? Além de minhas lindas pernas, claro. - Falei fazendo gestos que destacavam minhas pernocas de fora.
- Verdade, ainda bem que suas lindas pernas a trouxeram até mim. Mas não foi para conversar que eu mandei que te trouxessem, ou pelo menos não apenas para isso.
Fiz minha cara de paisagem, como se não tivesse entendido o que ele estava dizendo, mas bem sei, esse filho de uma boa ou má mãe quer me comer, é só olhar a cara de lobo mau dele.
Ele ficou me olhando, acho que analisando a maneira que estava, tremendo e bem nervosa, mas também pudera. O homem esbarra em mim, depois manda me chamar, toca-me, seduz-me, beija-me e quer que eu fique como, sorrindo e bem tranquila? Tá, não nego que estou até feliz, ser beijada assim nessas circunstâncias, com tanta vontade e assim no escuro, sem saber quem é meu cavalheiro beijador foi muito gostoso.
- Você tem certeza que quer saber quem eu sou? Não prefere o anonimato e curtir o momento? - Na cara de pau ele falou isso e voltou a se aproximar de mim.
- Nossa que proposta mais indecente. Sinceramente você deve ser um lunático e eu não tô afim de pagar pra ver. - Uma mentirinha básica para valorizar meu passe, estava sendo fácil demais.
- Certo, comece por você. Tudo que você falar em sua apresentação eu responderei.
- Tá certo, vou te dar essa chance e começar. - Disse e ele de uma gostosa risada, fazendo-me derreter. - Pare de me desconcentrar. - Ele levantou aos mãos como quem se rende e eu apenas sorri.
- Sou Duna. - Disse começando.
- Muito prazer Duna, eu sou Bryan.
Essa foi fácil, vamos apimentar as coisas.
- Ok, sou formada em Letras e trabalho em uma Editora.
- Certo, acho que é bem óbvio. Sou empresário e dono deste e de mais alguns outros restaurantes. Na verdade tenho uma franquia.
- Vamos dificultar as coisas, por que isso esta fácil demais. Eu moro sozinha em um apartamento modesto, mas que é muito meu. - Pergunta bem específica, será que ele é casado?
- Hum, ágil você ein. - Pronto peguei ele. - Eu também moro sozinho em um apartamento, mas que não é nada modesto, e que também é muito meu.
Oba ele é solteiro! E agora o que mais perguntar? Idade nem pensar, jamais vou falar a idade que eu tenho. Não que eu tenha problemas com a idade, mas assim no primeiro encontro ou contato, seja lá o que isso aqui seja seria um pouco demais. Até por que esse homem é um Deus grego e tenho até medo de ser mais velha que ele. Percebendo meu dilema interior ele resolveu questionar-me.
- E agora Duna, qual a próxima pergunta?
- Não sei, acho que acabaram-se as perguntas.
- Mas já? estava me divertindo com você brincando de detetive. - Ele debochava de mim, isso estava claro. - Pois eu tenho perguntas a fazer, posso?
Eita agora a coisa ficou séria, o que será que ele vai perguntar.
- Podemos tentar. - Disse.
- Direitos iguais, não é isso que as mulheres buscam a muitos anos? Eu mesmo acompanho a luta feminista a algum tempo e aprovo suas reivindicações.
Opa uma pista, ele não é tão jovem quanto parece. O que o dinheiro não faz com a pessoa né? Mas em fim, estou num mato sem cachorro agora.
- Vai lá sua vez de ser o detetive.
- Perfeito. Fiquei sabendo que hoje é seu aniversário.
- Como você sabe? Ah, mas é claro. Sua barwoman deve ter dito. - Ai então comecei a pensar que talvez aquela bebida que ganhei tivesse sido dada por ele. - Pera ai, foi você quem me deu aquele drink, certo?
- Correta e nem sabia que era seu aniversário, foi apenas uma retribuição após você ter perdido todo seu drink virando em cima de mim. Por que se soubesse eu teria feito mais pelo seu dia especial, inclusive dado o jantar de cortesia a você e seus amigos. E por falar nisso, o homem que estava com vocês é seu namorado?
Gargalhei, alto e muito divertida.
- Não entendi o motivo da graça Duna. - Ele pareceu irritado e eu resolvi me conter um pouco. - Responda-me, por favor.
- Claro que não. - Disse ainda rindo. - Aquele é meu amigo mais que especial Pena que é meu concorrente, já que gosta da mesma fruta que eu. - Agora até ele riu.
- Nossa, mas como não percebi isso?
- Na verdade ele estava fazendo papel de homem da mesa, protegendo as meninas que tem noivo e marido e me protegendo dos gaviões, como ele diz. Claro que ele fica de olho também para dar o bote em alguma presa. E vou te dizer, ele ia te cantar fácil fácil.
- Bom, ainda bem que não o fez, ou explicaria para ele que meu gosto é bem natural a minha espécie.
- Ah é, e qual é a sua espécie?
- Sou um predador que tem preferência por belas mulheres. - Ele disse e aproximou meu corpo ao dele sem nem eu perceber. - Assim como você, que é a mais bela que eu já vi em toda a minha vida.
Agora eu percebia a nossa proximidade, na verdade percebia seu desejo encostado em mim dando sinal de que estava pronto para me atacar. Senti medo e me perguntei o que eu estava esperando de tudo isso.
- Você é ousado demais, não acha? - Eu não podia ser tão fácil assim.
- Você não esta gostando? Me afasto agora mesmo, Duna. - E foi se afastando, mas eu não estava afim de deixar que isso acontecesse, por mais louco que fosse.
- Na verdade não sei se estou ou não gostando e nem se vou gostar do que esta para acontecer. Mas você pode me dizer, não pode Bryan? - Segurei-o pelo laço que sustenta seu cinto.
- Tudo que eu quero nesse momento Duna é mostrar-te o quanto eu posso ser maravilhoso em sua vida, basta você deixar.
- Pera, vamos com calma. Quem sabe você me mostra seu poder de predador hoje, e a vida a gente deixa para depois.
Ele pareceu ter gostado da minha proposta, pois sorriu e beijou-me mais vorazmente que da ultima vez mas não menos carinhoso. Logo senti suas mãos sustentando-me pelas costas liberando assim minhas mãos para seguirem por seus cabelos e rosto. Ele tem e pele macia, mas fria e seu cabelo era o mais sedoso. Agarrei ele com força fazendo-o gemer como um bicho voraz, e isso foi simplesmente excitante. Logo ele me carregou até a bancada que continha fotos em sua parede, e deu-me um tempo para respirar.
- Posso fazer você ir ao encontro de seus sonhos eróticos mais ocultos Duna, basta você deixar.
Isso certamente era um pedido e eu já estava sedenta da boca dele novamente e do que ele parecia prometer que ia fazer.
- Faça o que quiser, desde que não me machuque e que eu volte viva para casa. - Disse brincado e já puxando-o para perto de mim.
- Perfeito, respeitarei seus limites por hoje, mas tenho certeza que um dia mudarás de ideia.
Não entendi o que ele quis dizer, mas também pouco importava, quero apenas senti-lo dentro de mim.
Ele então acariciou minhas pernas descendo até meus pés, livrando-me de minhas rasteiras. Depois voltou pernas a cima até chegar na junção entre elas, fazendo dar um leve gritinho de excitação.
- Calma, antes de eu conhece-la preciso prepara-la.
Ele então abriu uma das gavetas que estava no móvel em baixo de mim e retirou algemas. Eu sorri divertida, até por que sempre quis "brincar" com algemas.
- Não sei se você já as usou, mas prometo fazer com que elas me ajudem a dar a você apenas prazer Duna.
- Nunca as usei, mas a curiosidade em usa-las, em seu poder de excitação sempre foi grande. Mas em minhas relações sexuais nunca as usaram em mim.
- Que bom, serei o primeiro e garanto que o único a usa-las em você depois de hoje. - Ele parecia sombrio.
Tive pela primeira vez medo dele, mas ele nem me deu muito tempo para pensar. Não tinha notado mas camuflado nas fotos atrás de mim tinha um gancho e ele prendeu minhas mãos a esses ganchos com a ajuda das algemas. Quando percebi estava completamente entregue a ele e a tudo que ele quisesse fazer comigo. Lembrei-me que ele falou e pareceu sincero que não me machucaria, então resolvi relaxar e pagar para ver.
- Você esta tão divina neste vestido colado ao seu corpo que fico me perguntando o que você vai achar depois que eu fizer isso. - Ele rasgou meu vestido, transformando-o em trapos. - Mas não fique zangada, pois essa visão é muito melhor.
Com muita raiva pois amava o meu vestido dourado eu dei graças a Deus por estar de lingeries pretas e novas. Eram básicas, poucas rendas, mas novas.
Ele estava parado em minha frente me olhando, parecia me venerar. Isso estava sendo torturante demais e resolvi provoca-lo.
- Olha aqui, não tenho vocação para santa, então pare de me idolatrar assim. Estou aqui para arder no fogo do inferno, então faça o favor de vir acender meu fogo.
Ele deve estar adorando rir da minha cara por que ele gargalhou muito, e até eu fui obrigada a rir da minha audácia e falta de vergonha na cara.
- Seu pedido é uma ordem, Duna. Vou leva-la ao inferno e garanto, você vai adorar.
E foi dada a largada. Ele amarrou meus pés um em cada gancho que estava localizado nos cantos no armário em baixo de mim, mas desta vez usando cordas. Apoiou-os em pequeninas prateleiras também laterais, fazendo minhas pernas dobrarem num ângulo de mais ou menos noventa graus. Minhas pernas ficaram abertas, dando total visão de meu corpo e eu comecei a esquentar de novo.
Ele então tirou sua camisa com calma revelando seu peitoral másculo e muito bem definido. Babei literalmente agora, salivando de desejo por aquele corpo. A visão dele de calças sociais com o botão aberto, sustentadas apenas pelo zíper ainda fechado e já sem meias e sapatos, que eu nem sei como ele tirou foi a visão do céu.
De repente um som maravilhoso começou a tocar. Uma música do Nickelbak - Far Away, mas apenas no violão. Então ele caiu em meus pés e começou a beija-los e suga-los. Não tive nojo, o tesão que eu estou sentindo era superior a tudo, era demais. Foi subindo perna a cima beijando-me e dando-me leves mordidas. Eu estava sentindo nas nuvens, realmente entrando no paraíso, mas só adentrei-o quando ele usou sua língua para invadir-me, fazendo um gemido sair de mim sem medo de ser ouvida. Ele mexe sua língua com total certeza do que esta fazendo e eu estava entregue a esse prazer. Meus quadris começaram a balançar e estava prestes a um orgasmo, que não demorou muito. Ele substituiu sua língua por seus dedos e invadiu-me, sem eu perceber, só notando quando senti meu próprio gosto em minha boca através de seu lábio. Movi mais um pouco meus quadris e gozei, mordendo seu lábio inferior, fazendo desta vez ele gemer. Foi a melhor gozada da minha vida, jamais senti o prazer que ele tinha me proporcionado. Mas sua boca ainda estava na minha e sua mão tinha sumido de meu corpo, só as senti quando ele me pegou pela bunda, e também foi quando percebi que eu estava solta, sem algemas e sem amarras. Agarrei-o e ele me carregou até a parede do lado pressionado-me contra ela.
- Já esta preparada? - Ele certamente estava perguntando se já tinha me recuperado de meu orgasmo.
- Só se for agora. - Declarei sedenta de prazer.
Não precisei falar duas vezes, ele adentrou-me sem pudor, sem medo, mesmo sabendo que meu corpo reagiria ao tamanho de seu membro.
- Aiiiiiiiiiiii - Gritei muito alto, mas nem tive tempo de sentir mais dor.
Suas estocadas começaram a ser seguidas, fazendo meu corpo adaptar-se fácil a ele, mesmo grande, dentro de mim. Era pra lá de prazeroso senti-lo dentro de mim, e suas mãos massageando minha bunda intensificava as coisas. Fui devorando a boca dele, ajudando-o a tornar esse prazer intenso para nós dois e ele parecia enlouquecido, já que seu ritmo era alucinantemente rápido, mas não sentia dor, só um prazer inexplicável. Logo estava a beira de outro orgasmo.
- Não tranque, deixa ele acontecer. - Nem pensei duas vezes e gozei, agora jogando minha cabeça para o alto completamente entregue a onda de prazer.
Ele diminuiu um pouco o ritmo, beijou-me no pescoço e começou a dar mordidas que agora pareciam mais fortes. Eu senti dor e gemi, foi como um aviso a ele, que voltou a apenas beijar-me no pescoço. Mas junto voltou as suas investidas. Achei que não tinha mais forças para continuar, mas surpreendentemente ele tem o dom de despertar em mim minha sexualidade oculta, com certeza. Beijei-o novamente dando vazão ao tesão que já estava novamente sentindo. E ele levou-nos mais uma vez sem eu perceber ao divã deixando-me em cima, para que pudesse controlar a situação.
- Agora é com você, Duna. Mostre-me seu poder.
Comecei então a cavalgar nele, como se nem tivesse tido dois orgasmos e enlouquecida de tesão. Ele urrava e parecia louco de tesão também. Quicava em seu colo sentindo-o ainda mais dentro de mim. - Nossa como é grande e grosso, e como sinto prazer ao senti-lo penetrar em mim. - pensei sentando em cima dele com força a vontade. Ele devorou meus seios, passou a suga-los, beija-los, massageá-los com sua boca ágil fazendo-me gemer e aumentar minhas mexidas em seu colo. Logo estava eu novamente a beira de um orgasmo, mas desta vez queria adia-lo, pois o prazer que que estava sentindo era sobrenatural.
Aumentei meu ritmo, não sei de onde tirei tanta força física, mas eu literalmente pulava em seu colo completamente fora de mim. Ele então nos levantou, deitou-me no tapete e sem tirar-se de dentro de mim em momento algum começou a torturar-me.
- Goze, Duna. Adoro ver você gozar.
- Não, desta vez você goza comigo. - Agarrei seu cabelo, devorei sua boca e curvei meu corpo, dando a ele mais trabalho e assim tornando tudo mais gostoso.
- Sua danada, assim eu não vou mais aguentar. - Disse ele sussurrando.
- Essa é a ideia. Goza comigo!
Não demorou mais que um minuto e em uma estocada forte e dura gozamos juntos, apertando-nos um ao outro como se fôssemos um só. Foi indescritível o prazer que eu senti, jamais imaginei ter um prazer assim.
Ficamos deitado, ele sobre mim por algum tempo, mas não sentia o peso do seu corpo, apenas o sentia ali. Foi bom e acho que eu dormi, pois quando eu acordei estava enrolada em um roupão preto de cetim e apenas tinha a lembrança de uma frase.
- Você é mais do que eu mereço. Só espero que você não me rejeite pelo que eu sou, pois não suportaria mais viver sem você, Duna.
Olhei em minha volta e percebi-me sozinha na sala onde tinha acabado de viver o momento mais intenso de toda a minha vida. Mas foi por pouco tempo, logo a mesma barwoman entrou.
- Olá Duna, você esta bem?
Ajeitei-me, mas nem era preciso, quem quer que tenha me vestido, e eu espero que tenha sido ele, fez um ótimo trabalho.
- Sim, mas onde esta o Bryan?
- Na verdade ele teve que se ausentar e pede mil desculpas. Pediu-me que a levasse para sua casa e assim eu farei. Esta pronta? - Ela estava seguindo ordens e estava claro que as cumpriria.
- Olhei mais uma vez em minha volta sentindo-me vazia e usada. Nunca tinha me sentido assim e inevitavelmente uma lágrima correu em meu rosto.
- Não, por favor, não fique triste. O Dr Bung deixou esse bilhete para que eu a entregasse assim que a deixasse em casa, explicando tudo. Fique calma, esta tudo bem.
Não questionei, levantei-me e vesti minhas rasteiras que estavam próximas aos meus pés. Percebi uma bolsa junto da minha e certamente seriam os restos do meu vestido. Pensei em deixa-los para trás, mas achei melhor não deixar nada meu com esse homem frio e sem coração.
Caminhando por um corredor pouco iluminado fui pensando em tudo que tinha acontecido a pouco. No quanto senti-me desejada, poderia dizer até amada. No quanto prazer eu pude sentir e dar, eu acho. Agora já não tinha certeza de mais nada só de que tinha sido feliz, mas acabou. Lágrimas me acompanham em todo o meu percurso até avistar um carro preto. Nem sei se é nacional ou importado, mas pelo seu interior era um carro bem caro. Fui sentada sozinha no banco de trás, enquanto a tal mulher foi na frente junto com o motorista. Por todo o trajeto fomos calados, ouvia apenas meus pensamentos completamente confusos. Se eu não estivesse completamente sem roupa até duvidaria de tudo que aconteceu.
Chegamos em frente a minha casa bem rápido e o quanto antes queria entrar dentro dela e esquecer tudo isso que estava vivendo com um banho muito quente e demorado.
- Chegamos. - Disse a mulher ao abrir a porta do carro para mim.
Eu sai do carro e percebi que o dia estava clareando. Olhei para ela e agradeci com um meio sorriso, sem despedir-me. Segui em direção a porta do prédio, mas fui impedida.
- Duna, aqui esta o bilhete do Dr Bung. Por favor, pegue-o, leia e depois faça o que quiser. Seja feliz e boa sorte.
Senti-me uma mercadoria sendo dispensada. Que mulher mais sem coração, tão fria quanto o seu patrão. Peguei a merda do bilhete totalmente contrariada, coloquei-o no bolso, virei-me e não quis nem saber mais de nada, adentrei meu prédio e subi até meu apartamento. Joguei-me na cama e chorei, muito.
Quando já estava cansada de chorar, tendo meu quarto iluminado pela luz do sol procurei algo para secar meus olhos e assim ler de uma vez o que o desgraçado tinha escrito no bilhete.
Abri-o e percebi que sua caligrafia era totalmente formal e arcaica para os tempos modernos. Curiosa comecei a ler.
Querida Duna,
Antes de qualquer coisa perdoe-me por isso.
Pareço uma fortaleza, mas quando se trata de
quem eu sou torno-me um fraco e covarde.
O medo faz-me agir assim, espero que lendo
esta carta possa me entender e perdoar.
És o ser mais especial que já conheci.
Uma pessoa sem igual e mesmo que depois deste,
se você não mais quiser saber de mim,
ficarás guardada em minha memoria, em meu
corpo como uma tatuagem para todo o sempre.
Mesmo que esse sempre signifique toda
essa minha medíocre eternidade.
Vou ao assunto, não quero deixa-la impaciente.
Sou um ser atípico a esse mundo.
Pertenço a classe dos exilados, dos predadores temidos
pelos seres desse planeta.
Minha condição de vida impede-me de mudar, é algo irreversível.
Mas garanto a você que em partes sou diferente dos da minha espécie,
sou suficientemente forte para resistir aos meus instintos
quando preciso, assim como o fiz hoje com você.
Não vou falar em palavras o que eu sou,
até por que a coragem me falta nesse momento,
mas tenho certeza que você com sua sabedoria entenderá bem
o meu recado e se for inteligente, como sei que você é,
manter-se-á longe de mim.
Apesar disso, de saber quem eu sou, ainda nutro a esperança
de que você por um momento de distração, deixara sua razão
de lado e permitirá a mim mostra-la o quão eu posso ser "normal"
e fazer por merecer a honra de tê-la em minha longa vida.
Bom Duna, minha linda mulher. Sinceramente não sei que decisão
irás tomar e muito menos o que pode estar passando em sua cabeça.
Só espero que não penses que eu abusei de você, que me aproveitei
de você ou ainda que eu menti para você.
Tudo que vivemos foi o mais próximo de perfeito que eu já senti
em toda a minha vida, e caso não se repita,
mais uma vez eu digo que ficará registrado em mim para todo o sempre.
Fique bem, linda mulher e se ainda assim, depois de tudo isso,
de descobrir quem eu sou ainda me quiseres, por favor, me procure.
Você sabe onde me encontrar e eu estarei a tua espera, por toda a eternidade.
Saiba que se isso acontecer fazer-me-á o homem mais feliz que já existiu.
Fique bem, fique em paz... e volte para mim!
Do seu, para sempre seu,
Bryan Bung
E ai meus amores??? Gostaram??? Descobriram quem ou o que é o Bryan???O que será que Duna vai fazer??? Muitas perguntas e dependendo das respostas e comentários vou dar continuidade a esse conto... tudo depende de vocês...
Vou ficar esperando, tá!
Beijokas do <3
Roberta Farig
Duna é meu nome e estou completando 27 aninhos hoje - ebaaa. Pois é, são alguns anos de uma vida que eu espero ser longa. Tenho mil planos, mil sonhos e desejos que faço questão de realizar.
Não sou muito apegada as pessoas, minha mãe morreu quando eu ainda era uma adolescente de infarto e isso marcou-me demais, minha adorada mãe. Um exemplo de pessoa, de mulher e de ser humano para mim. Passei então a morar com meu pai, mas não por muito tempo. Logo em seguida a morte de minha mãe ele casou novamente, se juntou com uma mulher mais velha que ele uns 9 anos. Na verdade era tudo que ele precisava, ela é rica e bonitona, e ele um sem vergonha de um gigolô que fez minha mãe trabalhar por toda a sua vida pra bancar a casa, a mim e os caprichos dele. Para ele foi a melhor de todas as alternativas. E eu tive que engolir isso por um tempo. Ela, a tal mulher que nem me lembro o nome não era má para mim, na verdade não nos falávamos e pouco nos cruzávamos, eu vivia no meu quarto então nunca fui um estorvo.
Assim que completei 18 anos peguei meu rumo e fui a luta, já estava cursando o primeiro ano da faculdade de letras e já trabalhava como auxiliar pedagógica em uma escola. Depois do dia em que sai de casa sem dar tchau ou mesmo olhar para trás vi meu pai apenas mais 3 vezes, duas delas em velórios e uma no advogado que cuidou a divisão do bem que minha mãe nos deixou, a sua casa tão batalhada e conquistada. Lembro que dirigi a palavra uma única vez a ele, quando ele disse:
- Bom, vou aproveitar essa grana pra trocar de carro e comprar uma moto.
Olhei bem para ele, aqueles olhos da cor dos meus, mas tão inexpressivos, todo engomadinho, cheio de sí e disse.
- Faça bom proveito do que minha mãe conquistou. Ela sempre me ensinou a dar sem esperar nada em troca, e foi exatamente isso que aconteceu. Ela deu de tudo a você, e você nada deu a ela, e pior ainda, tirou. Graças aos céus que ela não esta aqui para presenciar a tristeza de ver a metade de tudo que ela batalhou muito para conquistar indo para as mãos de um gigolô barato.
Não esperei resposta, disse ao meu advogado que tomasse todas a providencias e depois me informasse. Coloquei meus óculos escuros para esconder minhas lágrimas de raiva e sai porta a fora sem dizer "adeus".
Fiquei alguns dias chocada e saudosa da minha mãe, mas nada que um dia cheio de trabalho não resolva. Nessa época já trabalhava na Editora TAL, uma editora modesta, mas que já estava conquistando seu lugar no espaço, tanto que hoje é uma das mais conceituadas do mercado.
Tita Lia é a dona da editora que começou apenas para divulgar seus trabalhos e com o passar do tempo tornou-se grandiosa e movimentada, com seus escritores bombando no mercado literário. O problema dela é que esse ser é instável, não sabe se quer a noite ou o dia e exige que eu, que sou sua funcionária mais próxima, adivinhe suas vontades, eu mereço né? Mas quero esquecer disso, pelo menos hoje, é meu aniversário!
Terminei meu banho dançando ao som de Beyoncé, cantando quando sabia e brincando com as letras quando entendia. Estava feliz, apesar de tudo. Moro sozinha em meu apartamento de um quarto. Não é uma kit, pois as peças são todas divididas é apenas pequenino e perfeito para mim. Não costumo ter muitas pessoas me visitando, sou daquelas que tem poucos amigos. Digo que tenho poucos, mas que são os melhores, pois sabem respeitar meu espaço e meu jeito reservado de ser. Tenho a Barby e a Julia, que são amigas de sempre de tudo. As duas já estão encaminhadas em suas vidas. A Julia é casada e tem uma filha linda que chamamos carinhosamente de Duda. tem uma vida pacata e feliz ao lado do Eduardo. Já Barby é noiva do Junior. Um homem que faz de tudo por ela, desde abrir a porta do carro para ela entrar até satisfazer seus caprichos, desejos culinários e mimos. Ela é feliz assim, eu particularmente não sei se gostaria de alguém feito um chiclete no meu pé, mas cada um sabe o que é melhor para si. Hoje as duas conseguiram alvará com seus amores para saírem e jantarem comigo. Além delas o Dinho, nosso amigo mais especial vai também. Ele acaba de sair de um relacionamento bem conturbado onde seu parceiro o trocou por uma loira azeda. Esta no chão, mas é um ser tão especial que sorri mesmo com vontade de chorar.
Separei um vestidinho curtinho dourado chamativo, para essa noite. Vamos a um restaurante chinês comer sushis e tudo mais. Eu amo a culinária japonesa e seria o lugar ideal para comemorar meu aniversário. O local é novo, um lounge bem aconchegante que tem nos fundos uma danceteria. As meninas deixaram claro que vão apenas jantar, o Dinho nada falou, mas eu tô bem afim de dar um esticadinha, pois além de ser meu aniversário eu tô merecendo. Algo me diz que essa noite vai ser inesquecível, e assim eu espero.
Essa semana meu couro foi tirado na editora, a Tita não sabe resolver os problemas que se envolve e acaba por jogar a bomba no meu colo. Desta vez foi uma escritora em inicio de carreira que quer lançar seu livro e nos procurou. Seu livro é bem bonitinho, um romance bem meladinho, mas que certamente fará um sucesso com as leitoras românticas. O problema é que os prazos de entrega e lançamento foram se esgotando, tudo por que a Tita teve um "pit" com o povo da gráfica e eles se recusaram então a rodar o livro. Se ela tivesse me falado isso antes talvez tivesse resolvido, mas ela sempre se acha o suprassumo do máximo. Ai agora a merda toda caiu nas minhas mãos. Conversei com a escritora que estava enfurecida, e com razão, mas com jeitinho consegui convence-la a esperar por mais alguns dias e então eu resolverei o problema. O pior é que Tita achou ruim eu fazer a política de boa vizinhança com a escritora, achou que eu deveria deixar ela nos processar, como já aconteceu antes. Mas não são boas as lembranças dos processos sofridos anteriormente pela editora. Um deles por sinal quase nos levou a falência. Bom o caso é que a Tita é uma ótima revisora, uma ótima caça talentos, mas uma péssima administradora. Então eu que sou apenas uma auxiliar de edição acabou desempenhando diversos papeis em meu trabalho. É bom ser útil, mas é melhor ser valorizada por isso, só que não sou. Então ultimamente ando trabalhando desmotivada, cansada e já pedi minhas férias vencidas a meses. O telefone tocou tirando-me de minhas tristezas.
- Oi boneca, esta pronta? - Dinho e seu jeito único de me deixar feliz.
- Já te disse que te dou casa, comida e roupa lavada? - Brinquei - Estou só nos retoques finais.
- Certo, em quinze minutos estou ai. - Desligamos e eu tratei de terminar de me arrumar.
Pontualmente meu interfone tocou quinze minutos depois, desci toda confiante, estava uma gata.
- Opa! - exclamou Dinho. - Acho que vou reconsiderar suas investidas minha deusa.
Gargalhei divertida. Estávamos lindos, eu vestia um vestidinho curto dourado fosco com detalhes em preto, brincos delicados e uma rasteirinha de cor preta com brilhos em strass dourado e Dinho estava lindo em um traje negro, todo social e muito cheiroso. Ele sempre se veste bem quando sai conosco, disse que isso nos protege de homens abusados. As meninas adoram e eu apenas aturo né aff.
- Vamos? - Perguntei dando uma piscadinha.
Saímos em direção ao restaurante em seu carro importado. Dinho é um gerente de uma loja automotiva e tem tido sucesso em seu trabalho. Fomos cantando músicas de Pink, Morron5 e alguns outros. na verdade ele cantava fluentemente e eu apenas enrolava, cada vez mais consciente que deveria voltar para minhas aulas de inglês. Chegamos minutos depois e Julia e Barby já nos esperavam em uma mesa reservada. O local era mesmo lindo, aconchegante e muito bem frequentado, pessoas lindas estavam em toda parte.
- Olá meninas lindas do meu coração! - Saudei abraçando e beijando minhas amadas amigas.
- Oi minha linda, feliz aniversário mais uma vez! - Disse Barby que já tinha me ligado logo cedo para me felicitar.
- Parabéns amiga! Que esse aniversário te traga um homem bem lindo para você dar jeito em sua vida. - Julia, sempre querendo me arranjar um marido.
Abracei-as com vontade, amo o jeito que elas me tratam e a sinceridade de nossa amizade. Dinho juntou-se a nós em um big abraço. Logo sentamo-nos a mesa e pedimos então nossa combinação gigante de sushis. Diferente de outras vezes que sempre comemos mais do que bebemos pedimos um drink cada um e brindamos a nossa felicidade.
- Eu faço esse brinde em agradecimento a vida. Por tudo que tenho recebido, mesmo que parte disso seja aturar a chata da Tita, mas que mesmo assim é quem me dá emprego. Agradeço por ter vocês em minha vida, uma grande alegria para mim. - Eu fiquei emocionada. Todos nós ficamos na verdade.
Conversamos, bebemos e comemos muito, eu mesma estava me sentindo estufada. O Dinho visivelmente estava alegrinho, meio que aproveitou para afogar as mágoas. As meninas logo estavam impacientes por voltar para seus amores e eu vi que terminaria a noite sozinha.
Despedimo-nos e eu fiquei um pouco mais ali, sentada e bebendo um ultimo drinqk. Logo percebi uma movimentação intensa de entrada em uma porta. Era a entrada da danceteria do local. Nunca tinha ido lá, na verdade a tempos não saia para dançar. Não estava muito animada, afinal estava sozinha, mas alguma coisa disse para que eu fosse até lá e me divertisse. Peguei o copo do meu drink e fui em direção a porta. O segurança abriu a porta para mim sem questionar e eu entrei. A música eletrônica tocava alto e muitas pessoas dançavam na pista de dança. Era um local pequeno, meio que "VIP" e pensei que então aquele não era o lugar que eu deveria estar. Fui me virando para sair quando esbarrei em um homem lindo de morrer. Para minha infelicidade derrubei toda minha bebida nele que estava vestindo uma camisa branca e que ficou amarelada com minha bebida.
- Oh, desculpe! - Eu disse completamente sem graça. Ele estava paralisado, parecia enfurecido comigo e eu percebi que estava encrencada.
- Deveria olhar por onde anda moça. - Ele disse agora tentando afastar a blusa colada ao seu belo corpo.
- Bom, na verdade não tenho olhos nas costas, então creio que tenha sido um acidente. - Respondi defendendo-me, afinal não tive a intenção de trombar com ele. Mas tava tão hipnotizada por seu corpo que nem estava raciocinando direito.
Ela parou e me olhou, parecia intrigado com minha boca bem ágil. Abriu um sorriso maroto e saiu, deixando-me ali parada a ver navios.
Fiquei muito brava, além de ter ficado sem meu drink fiquei chupando o dedo, com vontade de chupar outra coisa. - "Meu Deus, controle-se Duna!"
Resolvi voltar ao bar e pegar outro drink antes que minha noite se acabe.
Sentei em um banco vario no canto do bar e pedi minha bebida. A garçonete parecia muito simpática e caprichou no meu copo. Será que ela viu o quão desastrado tinha sido meu ultimo encontro? Sorri sozinha relembrando o que aconteceu, do meu encontrão com aquele pedaço de carne delicioso. Só de lembrar senti meu corpo reagir cheio de tesão. Como pode isso? Não sou nenhuma santa, mas só de esbarrar em alguém e já ficar assim é no mínimo loucura!
- É por conta da casa. - Ali percebi que minha suspeita tinha um grande fundamento.
- Vou aceitar como presente de aniversário. - Respondi divertida e ela então abriu um lindo sorriso e deu uma piscadela para mim. Não entendi nada, só espero que ela não esteja me cantando. Nada contra, só não sou adepta a sexo com pessoas do mesmo sexo que eu.
Continuei contemplando o lugar que era muito bem decorado,uma iluminação bem over e pessoas de todos os estilos, mas claramente a alta sociedade predominava nesse lugar. Ainda bem que eu estava super bem vestida, ou me sentiria um peixe fora d´agua. Resolvi levantar-me e dançar um pouco, logo iria embora então só queria relaxar ao som de uma boa música. Fiquei perto do balcão, assim teria onde apoiar o meu copo.
Musicas variadas tocaram, todas remixadas, com Guetta predominando, e eu estava extasiada, amo Guetta, tanto que o toque do meu celular é a musica Titaniun. E quando ela começou a tocar então, permiti-me soltar meu rebolado deixando meu corpo ser guiado pelas batidas da música. Tem uma parte da música que fala assim: "Sou criticada, mas todas as suas balas ricocheteiam. Você me derruba, mas eu me levanto!" Essa parte tem tanto a ver comigo, com minha vida, com minhas lutas e com minhas vitórias e também derrotas, pois ambas nunca deixam-me ao chão. A música terminou, eu estava me sentindo feliz e pronta para ir pra casa, quando a simpática barwoman veio ao meu encontro.
- Por favor, você poderia me acompanhar?
- O que? - Perguntei sem entender nada.
- Estou convidando você para me acompanhar, por favor. - Ela esclareceu simpática.
Fiquei receosa, afinal não creio que tenha feito nada de errado. Bebi apenas o drink que ganhei de cortesia da casa, até por que não estava inspirada para encher a cara e dancei apenas para mim mesma, quietinha no meu canto. Mas percebi que não teria muitas alternativas e agora a curiosidade já estava aguçada. Segui-a até uma porta no canto do local onde tinha um segurança na porta muito sério. Olhei para ele até que a moça convidou-me a entrar. Ele me encarava e eu assim que entrei dei uma piscadela para quebrar o clima e deu certo, ele abriu um sorriso torto que continha uma grande vontade de gargalhar.
O lugar era claro, tons pasteis predominavam no ambiente, um sofá que mais parecia um divã estava localizado no centro do ambiente, que não soube distinguir se era um quarto, uma sala ou sei lá o que. no lado direito de quem entra tinha um painel com fotos sensuais de mulheres e homens agarrados, parecia uma seção orgia. Sob o painel tinham uma bancada cheia de gavetas, ao que parece de madeira maciça. minha curiosidade agora estava voltado ao que poderia ter nessas gavetas, mas preferi apreciar o resto do ambiente, quando fui surpreendida.
- Boa noite dona estabanada.
- Ah, não acredito! - Estava surpresa.
Era o dito cujo que esbarrei a pouco na pista de dança. Esta sentado em uma poltrona atrás de uma mesa grande, também de madeira maciça.
- O que foi, não gostou de me ver?
- Pergunta difícil de responder nesse momento. - Respondi muito debochada e ele apenas sorriu. - Você é quem vai me dizer se gostarei ou não de encontrar você aqui.
- Que boca ligeira e esperta. Direta você, ein?
- Sempre. - Respondi sem rodeios.
E realmente em minha vida sempre fui muito direta, praticidade e agilidade são meus lemas. Afinal, sozinha na vida, dependendo e contanto apenas comigo mesma, era de se esperar atitudes assim, não é verdade?
- Mas e ai, o que me trouxe até aqui? Além de minhas lindas pernas, claro. - Falei fazendo gestos que destacavam minhas pernocas de fora.
- Verdade, ainda bem que suas lindas pernas a trouxeram até mim. Mas não foi para conversar que eu mandei que te trouxessem, ou pelo menos não apenas para isso.
Fiz minha cara de paisagem, como se não tivesse entendido o que ele estava dizendo, mas bem sei, esse filho de uma boa ou má mãe quer me comer, é só olhar a cara de lobo mau dele.
- Então me diga o que você quer comigo? - Quero ignorado, e calmo;
Por ignorado, e próprio; Por calmo, encher meus dias; De não querer mais deles; Aos que a riqueza toca; O ouro irrita a pele; Aos que a fama bafeja; Embacia-se a vida; Aos que a felicidade; É sol, virá a noite; Mas ao que nada espera; Tudo que vem é grato.
- Nossa és um amante das belas letras? - Declarei boquiaberta.
- Claro, conheces?
- Como não? Amo Fernando Pessoa. - O que realmente é verdade, para mim é o mestre das palavras.
Ele levantou-se da poltrona que estava sentado e veio lentamente, em minha direção. Meu coração vacilou, oscilando a cada paço que ele dava em minha direção. Quando a distancia entre nós era de pouco mais de dois palmos ele parou com seu olhar fixo no meu. Seus olhos eram verdes, pareciam esmeraldas, nunca tinha vistos olhos assim. Ele respirou fundo, parecia capturar o perfume que exalava de mim. Eu agora percebi que estava suando, mas acho que não estava com o "cc" vencido.
- Doce como imaginava, e com uma pitada de pimenta, acertei?
- Sua aptidão com perfumes é exata. - Fiquei mais uma vez surpresa.
Ele então levantou uma das mãos para tocar meu braço. Me arrepiei com o contato, sua pele era levemente fria.
- Mesmo suada, sua pele é macia. Doce e macia, combinação perfeita. - Ele lambeu a boca ao declarar e sorriu. Que sorriso era aquele? Lindo e branco, perfeito. Ele parecia um ser sobrenatural, tipo os vampiros dos livros que li da Irmandade Adaga Negra, poderosos e perfeitamente gostosos.
Eu estava completamente entregue a sua mão em meu rosto e percebia que seu corpo se aproximava lentamente, como se estivesse flutuando. Logo meus lábios sentiram a firmeza sedutora dos dele e minhas boca deu total liberdade para que sua língua invadisse-me. Era o beijo mais diferente que já tive, algo que me fazia sentir prazer e dor, pois era intenso. Era forte e ao mesmo tempo delicado. Era doce e ao mesmo tempo amargo, era simplesmente único.
Quando ele se afastou eu estava ofegante enquanto ele dominava as emoções com maestria. Meu corpo tremia, como se estivesse vivendo uma abstinencia de seu beijo.
- Isso é loucura demais. - Disse passando as mãos no cabelo e mordendo meu lábio ainda dolorido.
- Não faça isso, por favor. Ou não responderei por meus atos. Meus limites são meio que limitados, não costumo seguir muitas regras, eu simplesmente satisfaço os meus desejos na hora em que eu quero.
- Nossa, como é poderoso esse homem. - Debochei, mas estava nervosa.
- Não tens noção do tamanho do meu poder. - Disse ele em um tom que misturava sensualidade e ameaça.
- Certo, já chega de brincar de "O poderoso chefão". Quem é você e o que quer de mim?Eu estava completamente entregue a sua mão em meu rosto e percebia que seu corpo se aproximava lentamente, como se estivesse flutuando. Logo meus lábios sentiram a firmeza sedutora dos dele e minhas boca deu total liberdade para que sua língua invadisse-me. Era o beijo mais diferente que já tive, algo que me fazia sentir prazer e dor, pois era intenso. Era forte e ao mesmo tempo delicado. Era doce e ao mesmo tempo amargo, era simplesmente único.
Quando ele se afastou eu estava ofegante enquanto ele dominava as emoções com maestria. Meu corpo tremia, como se estivesse vivendo uma abstinencia de seu beijo.
- Isso é loucura demais. - Disse passando as mãos no cabelo e mordendo meu lábio ainda dolorido.
- Não faça isso, por favor. Ou não responderei por meus atos. Meus limites são meio que limitados, não costumo seguir muitas regras, eu simplesmente satisfaço os meus desejos na hora em que eu quero.
- Nossa, como é poderoso esse homem. - Debochei, mas estava nervosa.
- Não tens noção do tamanho do meu poder. - Disse ele em um tom que misturava sensualidade e ameaça.
Ele ficou me olhando, acho que analisando a maneira que estava, tremendo e bem nervosa, mas também pudera. O homem esbarra em mim, depois manda me chamar, toca-me, seduz-me, beija-me e quer que eu fique como, sorrindo e bem tranquila? Tá, não nego que estou até feliz, ser beijada assim nessas circunstâncias, com tanta vontade e assim no escuro, sem saber quem é meu cavalheiro beijador foi muito gostoso.
- Você tem certeza que quer saber quem eu sou? Não prefere o anonimato e curtir o momento? - Na cara de pau ele falou isso e voltou a se aproximar de mim.
- Nossa que proposta mais indecente. Sinceramente você deve ser um lunático e eu não tô afim de pagar pra ver. - Uma mentirinha básica para valorizar meu passe, estava sendo fácil demais.
- Certo, comece por você. Tudo que você falar em sua apresentação eu responderei.
- Tá certo, vou te dar essa chance e começar. - Disse e ele de uma gostosa risada, fazendo-me derreter. - Pare de me desconcentrar. - Ele levantou aos mãos como quem se rende e eu apenas sorri.
- Sou Duna. - Disse começando.
- Muito prazer Duna, eu sou Bryan.
Essa foi fácil, vamos apimentar as coisas.
- Ok, sou formada em Letras e trabalho em uma Editora.
- Certo, acho que é bem óbvio. Sou empresário e dono deste e de mais alguns outros restaurantes. Na verdade tenho uma franquia.
- Vamos dificultar as coisas, por que isso esta fácil demais. Eu moro sozinha em um apartamento modesto, mas que é muito meu. - Pergunta bem específica, será que ele é casado?
- Hum, ágil você ein. - Pronto peguei ele. - Eu também moro sozinho em um apartamento, mas que não é nada modesto, e que também é muito meu.
Oba ele é solteiro! E agora o que mais perguntar? Idade nem pensar, jamais vou falar a idade que eu tenho. Não que eu tenha problemas com a idade, mas assim no primeiro encontro ou contato, seja lá o que isso aqui seja seria um pouco demais. Até por que esse homem é um Deus grego e tenho até medo de ser mais velha que ele. Percebendo meu dilema interior ele resolveu questionar-me.
- E agora Duna, qual a próxima pergunta?
- Não sei, acho que acabaram-se as perguntas.
- Mas já? estava me divertindo com você brincando de detetive. - Ele debochava de mim, isso estava claro. - Pois eu tenho perguntas a fazer, posso?
Eita agora a coisa ficou séria, o que será que ele vai perguntar.
- Podemos tentar. - Disse.
- Direitos iguais, não é isso que as mulheres buscam a muitos anos? Eu mesmo acompanho a luta feminista a algum tempo e aprovo suas reivindicações.
Opa uma pista, ele não é tão jovem quanto parece. O que o dinheiro não faz com a pessoa né? Mas em fim, estou num mato sem cachorro agora.
- Vai lá sua vez de ser o detetive.
- Perfeito. Fiquei sabendo que hoje é seu aniversário.
- Como você sabe? Ah, mas é claro. Sua barwoman deve ter dito. - Ai então comecei a pensar que talvez aquela bebida que ganhei tivesse sido dada por ele. - Pera ai, foi você quem me deu aquele drink, certo?
- Correta e nem sabia que era seu aniversário, foi apenas uma retribuição após você ter perdido todo seu drink virando em cima de mim. Por que se soubesse eu teria feito mais pelo seu dia especial, inclusive dado o jantar de cortesia a você e seus amigos. E por falar nisso, o homem que estava com vocês é seu namorado?
Gargalhei, alto e muito divertida.
- Não entendi o motivo da graça Duna. - Ele pareceu irritado e eu resolvi me conter um pouco. - Responda-me, por favor.
- Claro que não. - Disse ainda rindo. - Aquele é meu amigo mais que especial Pena que é meu concorrente, já que gosta da mesma fruta que eu. - Agora até ele riu.
- Nossa, mas como não percebi isso?
- Na verdade ele estava fazendo papel de homem da mesa, protegendo as meninas que tem noivo e marido e me protegendo dos gaviões, como ele diz. Claro que ele fica de olho também para dar o bote em alguma presa. E vou te dizer, ele ia te cantar fácil fácil.
- Bom, ainda bem que não o fez, ou explicaria para ele que meu gosto é bem natural a minha espécie.
- Ah é, e qual é a sua espécie?
- Sou um predador que tem preferência por belas mulheres. - Ele disse e aproximou meu corpo ao dele sem nem eu perceber. - Assim como você, que é a mais bela que eu já vi em toda a minha vida.
Agora eu percebia a nossa proximidade, na verdade percebia seu desejo encostado em mim dando sinal de que estava pronto para me atacar. Senti medo e me perguntei o que eu estava esperando de tudo isso.
- Você é ousado demais, não acha? - Eu não podia ser tão fácil assim.
- Você não esta gostando? Me afasto agora mesmo, Duna. - E foi se afastando, mas eu não estava afim de deixar que isso acontecesse, por mais louco que fosse.
- Na verdade não sei se estou ou não gostando e nem se vou gostar do que esta para acontecer. Mas você pode me dizer, não pode Bryan? - Segurei-o pelo laço que sustenta seu cinto.
- Tudo que eu quero nesse momento Duna é mostrar-te o quanto eu posso ser maravilhoso em sua vida, basta você deixar.
- Pera, vamos com calma. Quem sabe você me mostra seu poder de predador hoje, e a vida a gente deixa para depois.
Ele pareceu ter gostado da minha proposta, pois sorriu e beijou-me mais vorazmente que da ultima vez mas não menos carinhoso. Logo senti suas mãos sustentando-me pelas costas liberando assim minhas mãos para seguirem por seus cabelos e rosto. Ele tem e pele macia, mas fria e seu cabelo era o mais sedoso. Agarrei ele com força fazendo-o gemer como um bicho voraz, e isso foi simplesmente excitante. Logo ele me carregou até a bancada que continha fotos em sua parede, e deu-me um tempo para respirar.
- Posso fazer você ir ao encontro de seus sonhos eróticos mais ocultos Duna, basta você deixar.
Isso certamente era um pedido e eu já estava sedenta da boca dele novamente e do que ele parecia prometer que ia fazer.
- Faça o que quiser, desde que não me machuque e que eu volte viva para casa. - Disse brincado e já puxando-o para perto de mim.
- Perfeito, respeitarei seus limites por hoje, mas tenho certeza que um dia mudarás de ideia.
Não entendi o que ele quis dizer, mas também pouco importava, quero apenas senti-lo dentro de mim.
Ele então acariciou minhas pernas descendo até meus pés, livrando-me de minhas rasteiras. Depois voltou pernas a cima até chegar na junção entre elas, fazendo dar um leve gritinho de excitação.
- Calma, antes de eu conhece-la preciso prepara-la.
Ele então abriu uma das gavetas que estava no móvel em baixo de mim e retirou algemas. Eu sorri divertida, até por que sempre quis "brincar" com algemas.
- Não sei se você já as usou, mas prometo fazer com que elas me ajudem a dar a você apenas prazer Duna.
- Nunca as usei, mas a curiosidade em usa-las, em seu poder de excitação sempre foi grande. Mas em minhas relações sexuais nunca as usaram em mim.
- Que bom, serei o primeiro e garanto que o único a usa-las em você depois de hoje. - Ele parecia sombrio.
Tive pela primeira vez medo dele, mas ele nem me deu muito tempo para pensar. Não tinha notado mas camuflado nas fotos atrás de mim tinha um gancho e ele prendeu minhas mãos a esses ganchos com a ajuda das algemas. Quando percebi estava completamente entregue a ele e a tudo que ele quisesse fazer comigo. Lembrei-me que ele falou e pareceu sincero que não me machucaria, então resolvi relaxar e pagar para ver.
- Você esta tão divina neste vestido colado ao seu corpo que fico me perguntando o que você vai achar depois que eu fizer isso. - Ele rasgou meu vestido, transformando-o em trapos. - Mas não fique zangada, pois essa visão é muito melhor.
Com muita raiva pois amava o meu vestido dourado eu dei graças a Deus por estar de lingeries pretas e novas. Eram básicas, poucas rendas, mas novas.
Ele estava parado em minha frente me olhando, parecia me venerar. Isso estava sendo torturante demais e resolvi provoca-lo.
- Olha aqui, não tenho vocação para santa, então pare de me idolatrar assim. Estou aqui para arder no fogo do inferno, então faça o favor de vir acender meu fogo.
Ele deve estar adorando rir da minha cara por que ele gargalhou muito, e até eu fui obrigada a rir da minha audácia e falta de vergonha na cara.
- Seu pedido é uma ordem, Duna. Vou leva-la ao inferno e garanto, você vai adorar.
E foi dada a largada. Ele amarrou meus pés um em cada gancho que estava localizado nos cantos no armário em baixo de mim, mas desta vez usando cordas. Apoiou-os em pequeninas prateleiras também laterais, fazendo minhas pernas dobrarem num ângulo de mais ou menos noventa graus. Minhas pernas ficaram abertas, dando total visão de meu corpo e eu comecei a esquentar de novo.
Ele então tirou sua camisa com calma revelando seu peitoral másculo e muito bem definido. Babei literalmente agora, salivando de desejo por aquele corpo. A visão dele de calças sociais com o botão aberto, sustentadas apenas pelo zíper ainda fechado e já sem meias e sapatos, que eu nem sei como ele tirou foi a visão do céu.
De repente um som maravilhoso começou a tocar. Uma música do Nickelbak - Far Away, mas apenas no violão. Então ele caiu em meus pés e começou a beija-los e suga-los. Não tive nojo, o tesão que eu estou sentindo era superior a tudo, era demais. Foi subindo perna a cima beijando-me e dando-me leves mordidas. Eu estava sentindo nas nuvens, realmente entrando no paraíso, mas só adentrei-o quando ele usou sua língua para invadir-me, fazendo um gemido sair de mim sem medo de ser ouvida. Ele mexe sua língua com total certeza do que esta fazendo e eu estava entregue a esse prazer. Meus quadris começaram a balançar e estava prestes a um orgasmo, que não demorou muito. Ele substituiu sua língua por seus dedos e invadiu-me, sem eu perceber, só notando quando senti meu próprio gosto em minha boca através de seu lábio. Movi mais um pouco meus quadris e gozei, mordendo seu lábio inferior, fazendo desta vez ele gemer. Foi a melhor gozada da minha vida, jamais senti o prazer que ele tinha me proporcionado. Mas sua boca ainda estava na minha e sua mão tinha sumido de meu corpo, só as senti quando ele me pegou pela bunda, e também foi quando percebi que eu estava solta, sem algemas e sem amarras. Agarrei-o e ele me carregou até a parede do lado pressionado-me contra ela.
- Já esta preparada? - Ele certamente estava perguntando se já tinha me recuperado de meu orgasmo.
- Só se for agora. - Declarei sedenta de prazer.
Não precisei falar duas vezes, ele adentrou-me sem pudor, sem medo, mesmo sabendo que meu corpo reagiria ao tamanho de seu membro.
- Aiiiiiiiiiiii - Gritei muito alto, mas nem tive tempo de sentir mais dor.
Suas estocadas começaram a ser seguidas, fazendo meu corpo adaptar-se fácil a ele, mesmo grande, dentro de mim. Era pra lá de prazeroso senti-lo dentro de mim, e suas mãos massageando minha bunda intensificava as coisas. Fui devorando a boca dele, ajudando-o a tornar esse prazer intenso para nós dois e ele parecia enlouquecido, já que seu ritmo era alucinantemente rápido, mas não sentia dor, só um prazer inexplicável. Logo estava a beira de outro orgasmo.
- Não tranque, deixa ele acontecer. - Nem pensei duas vezes e gozei, agora jogando minha cabeça para o alto completamente entregue a onda de prazer.
Ele diminuiu um pouco o ritmo, beijou-me no pescoço e começou a dar mordidas que agora pareciam mais fortes. Eu senti dor e gemi, foi como um aviso a ele, que voltou a apenas beijar-me no pescoço. Mas junto voltou as suas investidas. Achei que não tinha mais forças para continuar, mas surpreendentemente ele tem o dom de despertar em mim minha sexualidade oculta, com certeza. Beijei-o novamente dando vazão ao tesão que já estava novamente sentindo. E ele levou-nos mais uma vez sem eu perceber ao divã deixando-me em cima, para que pudesse controlar a situação.
- Agora é com você, Duna. Mostre-me seu poder.
Comecei então a cavalgar nele, como se nem tivesse tido dois orgasmos e enlouquecida de tesão. Ele urrava e parecia louco de tesão também. Quicava em seu colo sentindo-o ainda mais dentro de mim. - Nossa como é grande e grosso, e como sinto prazer ao senti-lo penetrar em mim. - pensei sentando em cima dele com força a vontade. Ele devorou meus seios, passou a suga-los, beija-los, massageá-los com sua boca ágil fazendo-me gemer e aumentar minhas mexidas em seu colo. Logo estava eu novamente a beira de um orgasmo, mas desta vez queria adia-lo, pois o prazer que que estava sentindo era sobrenatural.
Aumentei meu ritmo, não sei de onde tirei tanta força física, mas eu literalmente pulava em seu colo completamente fora de mim. Ele então nos levantou, deitou-me no tapete e sem tirar-se de dentro de mim em momento algum começou a torturar-me.
- Goze, Duna. Adoro ver você gozar.
- Não, desta vez você goza comigo. - Agarrei seu cabelo, devorei sua boca e curvei meu corpo, dando a ele mais trabalho e assim tornando tudo mais gostoso.
- Sua danada, assim eu não vou mais aguentar. - Disse ele sussurrando.
- Essa é a ideia. Goza comigo!
Não demorou mais que um minuto e em uma estocada forte e dura gozamos juntos, apertando-nos um ao outro como se fôssemos um só. Foi indescritível o prazer que eu senti, jamais imaginei ter um prazer assim.
Ficamos deitado, ele sobre mim por algum tempo, mas não sentia o peso do seu corpo, apenas o sentia ali. Foi bom e acho que eu dormi, pois quando eu acordei estava enrolada em um roupão preto de cetim e apenas tinha a lembrança de uma frase.
- Você é mais do que eu mereço. Só espero que você não me rejeite pelo que eu sou, pois não suportaria mais viver sem você, Duna.
Olhei em minha volta e percebi-me sozinha na sala onde tinha acabado de viver o momento mais intenso de toda a minha vida. Mas foi por pouco tempo, logo a mesma barwoman entrou.
- Olá Duna, você esta bem?
Ajeitei-me, mas nem era preciso, quem quer que tenha me vestido, e eu espero que tenha sido ele, fez um ótimo trabalho.
- Sim, mas onde esta o Bryan?
- Na verdade ele teve que se ausentar e pede mil desculpas. Pediu-me que a levasse para sua casa e assim eu farei. Esta pronta? - Ela estava seguindo ordens e estava claro que as cumpriria.
- Olhei mais uma vez em minha volta sentindo-me vazia e usada. Nunca tinha me sentido assim e inevitavelmente uma lágrima correu em meu rosto.
- Não, por favor, não fique triste. O Dr Bung deixou esse bilhete para que eu a entregasse assim que a deixasse em casa, explicando tudo. Fique calma, esta tudo bem.
Não questionei, levantei-me e vesti minhas rasteiras que estavam próximas aos meus pés. Percebi uma bolsa junto da minha e certamente seriam os restos do meu vestido. Pensei em deixa-los para trás, mas achei melhor não deixar nada meu com esse homem frio e sem coração.
Caminhando por um corredor pouco iluminado fui pensando em tudo que tinha acontecido a pouco. No quanto senti-me desejada, poderia dizer até amada. No quanto prazer eu pude sentir e dar, eu acho. Agora já não tinha certeza de mais nada só de que tinha sido feliz, mas acabou. Lágrimas me acompanham em todo o meu percurso até avistar um carro preto. Nem sei se é nacional ou importado, mas pelo seu interior era um carro bem caro. Fui sentada sozinha no banco de trás, enquanto a tal mulher foi na frente junto com o motorista. Por todo o trajeto fomos calados, ouvia apenas meus pensamentos completamente confusos. Se eu não estivesse completamente sem roupa até duvidaria de tudo que aconteceu.
Chegamos em frente a minha casa bem rápido e o quanto antes queria entrar dentro dela e esquecer tudo isso que estava vivendo com um banho muito quente e demorado.
- Chegamos. - Disse a mulher ao abrir a porta do carro para mim.
Eu sai do carro e percebi que o dia estava clareando. Olhei para ela e agradeci com um meio sorriso, sem despedir-me. Segui em direção a porta do prédio, mas fui impedida.
- Duna, aqui esta o bilhete do Dr Bung. Por favor, pegue-o, leia e depois faça o que quiser. Seja feliz e boa sorte.
Senti-me uma mercadoria sendo dispensada. Que mulher mais sem coração, tão fria quanto o seu patrão. Peguei a merda do bilhete totalmente contrariada, coloquei-o no bolso, virei-me e não quis nem saber mais de nada, adentrei meu prédio e subi até meu apartamento. Joguei-me na cama e chorei, muito.
Quando já estava cansada de chorar, tendo meu quarto iluminado pela luz do sol procurei algo para secar meus olhos e assim ler de uma vez o que o desgraçado tinha escrito no bilhete.
Abri-o e percebi que sua caligrafia era totalmente formal e arcaica para os tempos modernos. Curiosa comecei a ler.
Querida Duna,
Antes de qualquer coisa perdoe-me por isso.
Pareço uma fortaleza, mas quando se trata de
quem eu sou torno-me um fraco e covarde.
O medo faz-me agir assim, espero que lendo
esta carta possa me entender e perdoar.
És o ser mais especial que já conheci.
Uma pessoa sem igual e mesmo que depois deste,
se você não mais quiser saber de mim,
ficarás guardada em minha memoria, em meu
corpo como uma tatuagem para todo o sempre.
Mesmo que esse sempre signifique toda
essa minha medíocre eternidade.
Vou ao assunto, não quero deixa-la impaciente.
Sou um ser atípico a esse mundo.
Pertenço a classe dos exilados, dos predadores temidos
pelos seres desse planeta.
Minha condição de vida impede-me de mudar, é algo irreversível.
Mas garanto a você que em partes sou diferente dos da minha espécie,
sou suficientemente forte para resistir aos meus instintos
quando preciso, assim como o fiz hoje com você.
Não vou falar em palavras o que eu sou,
até por que a coragem me falta nesse momento,
mas tenho certeza que você com sua sabedoria entenderá bem
o meu recado e se for inteligente, como sei que você é,
manter-se-á longe de mim.
Apesar disso, de saber quem eu sou, ainda nutro a esperança
de que você por um momento de distração, deixara sua razão
de lado e permitirá a mim mostra-la o quão eu posso ser "normal"
e fazer por merecer a honra de tê-la em minha longa vida.
Bom Duna, minha linda mulher. Sinceramente não sei que decisão
irás tomar e muito menos o que pode estar passando em sua cabeça.
Só espero que não penses que eu abusei de você, que me aproveitei
de você ou ainda que eu menti para você.
Tudo que vivemos foi o mais próximo de perfeito que eu já senti
em toda a minha vida, e caso não se repita,
mais uma vez eu digo que ficará registrado em mim para todo o sempre.
Fique bem, linda mulher e se ainda assim, depois de tudo isso,
de descobrir quem eu sou ainda me quiseres, por favor, me procure.
Você sabe onde me encontrar e eu estarei a tua espera, por toda a eternidade.
Saiba que se isso acontecer fazer-me-á o homem mais feliz que já existiu.
Fique bem, fique em paz... e volte para mim!
Do seu, para sempre seu,
Bryan Bung
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E ai meus amores??? Gostaram??? Descobriram quem ou o que é o Bryan???O que será que Duna vai fazer??? Muitas perguntas e dependendo das respostas e comentários vou dar continuidade a esse conto... tudo depende de vocês...
Vou ficar esperando, tá!
Beijokas do <3
Roberta Farig
Nossa muito top, precisa de continuação, ameeei bjs Ju
ResponderExcluirObrigada "JU"... Bom receber um comentário favorável ao que eu escrevi com carinho em pleno dia do meu aniversário *--* Beijokas!
ExcluirCARACAAAAAAAAAAAAAAA AMIGA O QUE QUE ISSO ?! CONTINUAÇÃO POR FAVOR !!!! qUERO SABER QUAL Q É DESSE BRYAN *-----------*
ResponderExcluirJu... amiga... \o/ merece um livro né... afinal quem será o Bryan??? beijokas S2
ExcluirUaaaaaal quem é esse Bryan? OMG que conto perfeitooooo de morre , Beta continuação por favor amiga rs' Beijãoo da Sol
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