2° Conto da Serie "Desejos de Mulher" - Vencida pelo prazer
Postado por
Roberta Farig
às
13:39
Vencida pelo prazer.
Depois de alguns livros e matérias o masoquismo no sexo e todo esse novo mundo passou a ser visto com outros olhos, mas ainda sim é bem polemico. Para a Katy o masoquismo no sexo é sinônimo de prazer. Uma mulher independente que sempre viveu sua vida lutando por seus objetivos sozinha, sem jamais ter precisado de um homem ao seu lado a ajudando a ser feliz. Como ela mesma diz, "homem só sob o meu comando, seja na cama ou na lama".
Ela é uma arquiteta famosa que é acostumada a lidar com homens durante todo o seu dia, sendo eles subordinados a ela. Sempre impondo respeito em seu local de trabalho nunca permitiu que um de seus empregados ultrapassassem qualquer limite de respeito para com ela.
O problema é que agora a coisa mudou e seu controle total esta ameaçado por seus desejos escuros.
Uma nova obra foi destinada a supervisão de Katy e ela entusiasmadíssima aceitou o desafio. É uma casa no campo, cerca de duas horas afastada da cidade de Caçapava, interior de São Paulo, que é onde ela mora. A casa é de um médico muito conhecido pela família dela e fica na cidade de Paraibuna. Foi herança de família e agora como este medico já alcançou uma certa idade, procurou a Katy para que ela pudesse deixar a casa confortável para hospedá-lo.
Ela achou por bem não levar sua equipe de obras até a cidade, ciente de que tornaria-se caro hospeda-los. Claro que isso a deixava incomodada, pois conhecia muito bem o trabalho de sua equipe e confiava muito nele. Mas como esse projeto já estava sendo um desafio a ela por vários motivos achou por bem desafiar-se ainda mais.
Katy anda em uma fase muito confusa de sua vida, onde o conflito entre sua idade e estilo de vida andam a perturbando. Ela acaba de completar 35 anos, e destes dedicou mais de doze anos na pratica de uma opção sexual muito peculiar, o sadomasoquismo sexual. Assim que Katy entrou para a faculdade de Arquitetura e Urbanismo descobriu junto com os números e projetos, o amor. Ela se apaixonou no primeiro dia de aula por um misterioso colega de sala que a seduziu com o primeiro olhar. Victor era o tipo de homem que captava uma mulher apenas com o olhar hipnotizando-a e levando-as para o seu mundo peculiar.
Victor era um adepto ao BDSM e seguia a risca o que seus extintos totalmente voltados para a realização do prazer com dor o estimulavam. As mulheres eram tratadas por ele como servas do prazer e ele usava e abusava delas por um tempo, o suficiente para extinguir do coração delas o sentido do amor no sexo e obriga-las e tornarem-se seguidoras de sua saga masoquista. Ele não era uma pessoa ruim, apenas era um homem que não acreditava no amor e só se tornava sua submissa aquela que quisesse.
Pois bem, Katy resolveu que valia a pena tentar, até por que ela acreditava que conseguiria faze-lo mudar de ideia. Ledo engano. Foram alguns meses sendo submissa dele, mas o suficiente para que ela fosse mais uma adepta ao BDSM completamente desacreditada do amor. Na verdade Katy criou uma certa resistência a homens, onde ela passou a encara-los como seus submissos em todos os momentos de sua vida, sem deixar-se comandar por nenhum deles.
A única diferença de Katy para Victor é que ela não mantinha um relacionamento sexual longo com nenhum dos homens que se submeteram a ela. "O seguro morreu de velho" - dizia ela temerosa de que um envolvimento pudesse trazer a ela o sofrimento do passando quando tinha se apaixonado por Victor e ele mostrou da pior maneira de que amor não existe. Na verdade ela acredita no amor, só tem medo dele.
O problema é que agora ela tem sentido-se muito só, poucas amigas a restaram, sua família foi se reduzindo e ela percebeu que não é adepta a solidão. No fundo ela achava que isso era apenas uma crise e que logo passaria, mas seu intimo teimava em mostrar que não, que sua vida estava prestes a mudar.
Essa nova obra certamente iria fazer bem a ela, novos ares, novas pessoas e quem sabe novos submissos, isso sim a deixava exitada.
A nova cidade parecia bem pacata, uma tipica cidade de interior onde todos se conheciam e sabiam da vida de cada um dos moradores. Isso não era bem o que Katy queria para sua vida, ter pessoas bisbilhotando sobre sua intimidade, mas não deu importância. Seriam apenas quinze dias e então ela voltaria a sua vida louca e dominadora.
Ela contactou um amigo de faculdade que era morador da cidade para que ele a auxiliasse a conseguir mão de obra qualificada para seu trabalho na cidade. Ele a ajudou dando a ele o nome de um empreiteiro muito conhecido por seu excelente trabalho na cidade.
- João eu preciso que tudo fique pronto em no máximo quinze dias, você acha que consegue? - Katy estava com o empreiteiro apresentando a ele a planta do projeto de reforma e revitalização da casa.
- Sem problemas Sra Katy, tenho três homens disponíveis no momento e que ficaram a sua inteira disposição.
João indicou para a obra seu filho Fabio e mais dois funcionários, Tyler e José. Altiva ela deu todas as recomendações a eles na frente do empreiteiro dizendo que obediência era um ponto crucial para que eles fechassem negocio e todos concordaram que seria corretos em seu trabalho. Antes de se despedir para que no dia seguinte começassem as obras ela resolveu olha-los com outros olhos e percebeu que entre eles existia um homem que mexia com seus instintos, o José. Um homem que exalava sexo por seus poros. Alto, moreno queimado do sol, mas com o cabelos claros, seus olhos eram esverdeados, o que dava um ar de mistério e sua boca era a mais carnuda que ela já tinha visto. Uma beleza exótica e completamente rara, o que a instigou mais ainda. Respirou fundo para não exercer ali mesmo seus poderes de dominação afinal não era essa a intensão dela principalmente em se tratando de uma cidade de interior onde todos ficavam sabendo de tudo. Ela sonhou a noite toda com José e não foi o que ela esperava, pois ela era a dominada por ele. A ideia fez com que ela repensasse em sua maneira de encarar o sexo e quem sabe o amor.
Durante toda aquela semana as obras andaram como o esperado e todos estavam ficando satisfeitos com o resultado. Fabio sempre era quem mantinha contato com Katy sempre muito solicito e até atirado demais, mas não conseguiu atrair a atenção dela que estava toda voltada para o José. Para surpresa de Katy ele poucas vezes olhava para ela, apenas uma das vezes em que ela ficou hipnotizada olhando-o foi que eles trocaram olhares, mas ele a rejeitou. Ao final da obra Katy descobriu que o homem não era tão perfeito, não para ela por ser recém casado e sua esposa estar grávida quase a ponto de parir.
Assim que o trabalho terminou, e ficou tudo perfeitamente lindo, ela não contou tempo e retornou a sua casa e para sua vidinha de sempre. Nada mais parecia como antes, pois o amor parecia ter brotado novamente no coração da Katy. Ela não entendia o por que, afinal tinha sido apenas mais um homem, o problema é claro, é que pela primeira vez em muito tempo ela foi rejeitada. Isso trouxe a ela lembranças do passado e traumas escondidos em seus mais íntimos sentimentos.
Foi então que ela resolveu buscar alguém que a ajudasse e foi então que ela buscou na internet e encontrou o site muito básico e sucinto do Dr Gabriel, um especialista em sexologia. Ela ficou meia desconfiada, pois talvez não saberia como confidenciar a ele seus segredos mais íntimos, mesmo assim resolveu tentar.
Foram necessárias mais de duas seções de terapias para que ela pudesse se abrir e pouco a pouco contar sua triste e sensual história de vida envolvendo sexo, masoquismo e amor. Ela o achou sensual e mil coisa passaram a tornar-se parte de sua imaginação durante a segunda seção.
- Agora Katy tente relaxar, vamos buscar dentro de você a alternativa para que você possa resgatar dores do passado e transforma-las em força para o que esta por vir. E quem sabe conseguiremos que seus traumas sejam esquecidos.
Katy então se entregou e seus sonhos mais íntimos, onde ela deixa de ser a masoquista para ser a submissa.
Ela estava sendo levada para algum lugar desconhecido pelo homem que tinha roubado seu coração. Ele era lindo, alto e forte, alem extremamente intimidador, o que deixava ela excitada e amedrontada. Ele era a copia fiel fisionomicamente do Dr Gabriel, mas parecia mais bruto, menos carinhoso.
- Onde você vai me levar?
- Não tenha medo mocinha, eu apenas quero te mostrar como é bom ser controlada, ao invés de ser controladora.
Nada mais ela teve coragem de dizer, apenas se rendeu a ansiedade do que estava por vir.
Chegaram em uma fazenda que parecia abandonada. A casa é gigante, mas para sua surpresa eles se dirigiram para o paiol nos fundos. Um lugar muito rustico, muito simples, mas todo iluminado por velas, ao que parece um lugar pronto esperando pela noite que estava começando.
- Entre e sente-se ali. - Ele apontou para a cadeira no canto do paiol.
Ela se sentou, mas sentiu-se intimidada por isso, afinal não estava acostumada a seguir ordens. O lugar tinha sido realmente preparado com um tule que descia do teto dando a impressão de uma cortina transparente em volta de uma cama improvisada.
Ele foi pouco a pouco despindo-se na frente dela, não deixando em momento algum de trocar olhares com ela. Aquilo era mais que excitante, era enlouquecedor. Ela sentia vontade de tocar nele, de poder usufruir daquele momento de perto, mas foi torturada a distância.
- Esta sedenta mocinha? Bom, essa é a minha ideia, deixar você no seu limite. Não é isso que gostas de fazer com seus submissos? Pois bem, agora é a minha vez.
Katy foi pega sem esperar por seu ponto fraco. Ela deu uma gargalhada pensando. - imagina se eu serei submissa de homem algum - . Ele a olhou sério, demonstrando que não estava brincando.
- Não achas que estas exagerando? Afinal não é uma tarefa fácil fazer-me de submissa.
- Ai que você se engana. - Ele disse dando uma sonora gargalhada sinistra.
Qualquer um sentiria medo nesse momento, mas ela ficou com ainda mais tesão.
- Pagando para ver. - Provocou Katy.
- Pois então ficarei rico e você paupérrima.
Ele foi caminhando lentamente até ela apenas de cueca box preta, mas antes pegou algo dentro de uma caixa que estava em cima de uma prateleira. Eram algemas.
- Estique seus braços. - Disse ele em tom de ordem, mas Katy negou-se a aceitar. - Eu mandei você esticar seu braço Katy.
O tom ameaçador era exitante e ela não conseguiu conter-se. Levantou-se olhando em seus olhos e o desafiou.
- Ninguém manda em mim.
Pois ela não terminou de falar e ele envolveu-a em seus braços, fazendo uma manobra virando-a de costas para ele com as mãos para trás e em um clic ela estava presa por algemas.
- Moça teimosa eu gosto muito, é um desafio a mais para mim. - Disse ao pé de seu ouvido e mordeu de leve a ponta de sua orelha.
Arrepios percorreram o seu corpo e ela então percebeu que estava perdida ao mandos e desmandos desse homem tão másculo e sedutor.
Pouco a pouco, como tortura, ele foi tirando sua roupa. começou pelo sapato, depois tirou uma alça do vestido, e outra deixando-a apenas de lingerie. Logo ele começou a massagear o corpo dela começando pelos ombros, costas, bunda coxas até chegar aos pés. Então ele voltou sua caminhada por entre suas pernas e acariciou-a onde ela mais ansiava.
- Ahhhh - Ela gemeu e ele deu um leve tapa na sua bunda.
- Quieta. - Disse ele mais uma vez desafiador. - Prometo dar-te prazer mais deves ficar calada e abster-se a falar apenas quando eu mandar, entendeu?
Ela negava-se a aceitar isso, completamente dividida entre a ira e o tesão.
- Eu perguntei se você entendeu?
- E se eu disser que não? - Ela não conseguia se conter.
- Ai terei que te mostrar que quem manda realmente aqui sou eu.
Não aceitando ela virou-se para encara-lo e foi surpreendida por um beijo quente e desejoso, que a fez perder o folego.
- Sente-se!
Ela não se atreveu mais a falar, conteve-se a deliciar-se com tudo que estava por vir e depois pensar no que fazer para vingar-se. Foi despida completamente, mas não teve vergonha, até por que é dona de um corpo escultural e ele literalmente babou ao observa-la.
Ele invadiu-a com seus dedos habilidosos e ela abriu as pernas sem medo algum facilitando seu acesso a ela. Ele sorriu vitorioso e pela primeira vez ela estava amando ser vencida. Seus quadris passaram a dançar conforme o ritmo de seus dedos e uma emoção nova passou a pairar entre eles. Eles encaravam-se e logo não conseguiam mais resistir a apenas isso.
Eles se agarraram como se não mais conseguissem manter-se afastados e beijaram-se com um desejo intenso e quando perceberam já estavam conectados um ao outro num ritmo frenético. Ela sentada em seu colo enquanto ele estava sentado no chão do paiol sob cama de palha improvisada que estava no chão.
- Você é um perigo, e eu adoro correr riscos. - Declarou ele enquanto tomava folego.
- Eu sei fazer valer a pena, Vitor. - Declarou ela vitoriosa e desta vez ele não se atreveu a contestar.
Eles tiveram um orgasmo perfeito no estilo "papai e mamãe" mas digno de um filme erótico, tamanho o desejo transmitido por eles durante toda a relação sexual.
- Acabou nosso tempo por hoje Katy, mas acho que desta vez foi bem proveitoso, não acha?
Ela foi retirada de seus mais íntimos pensamentos pelo Dr Gabriel. Estasiada ela passou a perceber que sua maneira de viver a vida sexualmente não estava totalmente errada, mas que ela deveria a partir de agora permitir-se mais.
- Sim Dr Gabriel, foi a melhor terapia que já tive e certamente não precisarei mais dos seus serviços.
Ele a olhou assustado, mas logo percebeu por ela estar suada e completamente sem folego que seus conselhos e jogos tinham dado certo para mais uma paciente. Pena que com sua mulher ele realmente não conseguia um melhor resultado. Mas sua pesquisa sobre os segredos ocultos das mulheres continuava, e ele não desistiria assim tão fácil de conseguir descobrir um meio de satisfazer sua insaciável mulher.
Beijinhossss
Roberta Farig
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