Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar com o que eu sou:
"Viver não é necessário; o que é necessário é criar."
Fernando Pessoa

Boa semana e um mês de outubro cheio de criatividade!!

Beijinhossssss

Parte 3

Nunca tinha sentido isso na minha vida. Foi como se uma chama dentro de mim ascendesse, um calor indescritível, um desejo incontrolável. O beijo do Edu era uma experiência completamente nova para mim e era algo que realmente me consumiu naquele momento.  Eu retribui aquele beijo como se o desejasse a muito tempo. Não sei dizer se foi longo ou não, mas durou tempo suficiente para me deixar ser ar.

- Ana, eu... Não sei o que te dizer. Falou Edu muito emocionado.

Eu não consegui responder, estava em estado de choque principalmente por ter sentindo o que eu senti.

- Preste atenção Ana. Eu não planejei isso, muito pelo contrário, guardo esse sentimento há anos dentro de mim e convivo com ele mesmo ele às vezes me trazendo dor. Mais também não posso negar que esperei por esse beijo a minha vida toda, pois nunca em minha vida tive nada melhor do que aconteceu agora. Ele me olhava enquanto eu olhava para o nada. Meu Deus eu não conseguia organizar meus pensamentos era muita informação e muita emoção para um só momento, mas o que realmente me deixou enlouquecida foi o desejo que estava me consumindo por dentro de viver tudo aquilo novamente.

- Ana, por favor, fala alguma coisa, me bate, me xinga diz que nunca mais quer me ver mais esse silencio esta me matando. Falou ele desta vez com lágrimas nos olhos e então consegui olhar para ele. Meu corpo tremia, minha boca estava seca, a sensação que eu tinha era que eu estava fora de controle.

Nada consegui falar, quando percebi estava eu em seus braços novamente mais dessa vez com muito mais desejo. Esqueci de tudo para viver aquele momento, me senti desejada como nunca. O Edu tinha uma maneira de me pegar que eu não sabia distinguir se era carinhosa ou sedenta de desejo e sua boca estava ainda mais quente quando tocava meu corpo. Eu pegava nele como se nunca tivesse o feito, nossos abraços de amigos eram nada perto do que eu estava sentindo ele era ainda mais forte, mais definido, mais gostoso do que eu imaginava. Nesse momento consegui segurar o rosto dele e olhar em seus olhos, estávamos realmente emocionados.

- Ana você tem certeza que quer isso? Eu já não sei se daqui por diante vou conseguir me controlar. Não quero que você se sinta arrependida depois, pois eu com certeza não estarei. Falou ele enquanto eu desenhava sua boca com meus dedos.

- Não se controle Edu, só me ame! Me ame como eu sempre desejei ser amada! E me joguei novamente em seus braços.

Eu estava usando um vestido que se rasgou tamanho desejo dele por mim. Quando eu estava apenas de lingerie ele parou e me olhou como se nunca tivesse me visto. Estava usando lingeries brancas rendadas.

- Você é linda e hoje é só minha! Disse ele ao tocar cada parte do meu corpo com seus beijos. Eu olhava as estrelas e de alguma maneira agradecia por tudo que estava acontecendo, por ele lindo ali, era tudo que eu sempre quis ser amada assim.

- Você hoje Edu também é só meu, todo meu! Falei meio que sussurrando, pois o prazer que eu estava sentindo já tinha me deixado sem voz.

- Eu te amo Ana, sempre te amei e sempre vou te amar. Foi à última vez que me lembro de ter ouvido a voz dele, pelo menos enquanto estávamos tão próximos, tão íntimos, como se fossemos apenas um. Sentir o Edu foi algo como sair da orbita da terra. Ele era mágico seu poder era demais para mim, uma menina ainda sem nenhuma experiência, mas ele nem precisava, éramos como um só corpo e um só desejo.

Foi mágico realmente, fazer amor à luz de estrelas em cima do capô do carro dele sem nada que nos impedisse de sentir um ao outro. Perdi a noção do tempo o prazer me deixou fora de mim, mas com uma sensação de êxtase total. Quando percebi estava deitado em seu peito ainda completamente nua e ele também apenas tendo a luz das estrelas como testemunha, então sonolenta eu disse.

- Obrigada por me fazer mulher, a mulher mais feliz do mundo. Depois disso nada mais me veio à cabeça, só a imagem do meu quarto e então a sensação de prazer deu a vez para a sensação de medo. Olhei para ele ainda no chão de joelhos só não mais me olhando, me olhei, estava usando uma camiseta dele, a que ele olhou na noite anterior, na nossa noite e então pude deduzir tudo, me ajoelhei junto dele.

- Por que Edu? Por que você nunca me falou nada disso? Você não tinha o direito de guardar esse amor apenas para você será que você não entende. Falei agora chorando e ele em desespero apenas me abraçou e disse “perdão” em meu ouvido como um sussurro.  Ficamos abraçados por um tempo, tempo suficiente para meu corpo arder em chamas novamente e eu me entregar a mais um beijo dele. Ele desta vez controlou seu desejo e me afastou.

- Calma Ana. Não podemos dentro de algumas horas você vai estar se casando com o Afonso então precisamos parar por aqui. Disse ele sério, mas ainda com uma emoção que eu já tinha visto na noite anterior.

- Eduardo eu não tenho mais controle, você entende? O que aconteceu ontem entre nós mudou tudo dentro de mim. Eu era uma menina inocente e em seus braços me tornei uma mulher sedenta de desejo e sedenta por seu amor. Falei olhando em seus olhos que estavam marejados de lágrimas e então não me contive e mais uma vez me joguei em seus braços.

- Me ensine a te amar, não que eu já não te ame mais quero te amar assim como você me ama como meu corpo te ama como eu sempre sonhei em amar.

Deixei um bilhete pedindo perdão ao Afonso por tudo, não entrei em detalhes só disse que estava indo atrás do meu conto de fadas que de alguma maneira não era nada parecido com que nós tínhamos planejados juntos, pois o amor não pode ser planejado e sim vivido e conquistado dia após dia e era o que eu queria e iria viver com o Edu uma conquista diária desse amor. Esse era o meu sonho se tornando minha realidade.

Bom espero que tenham gostado por esse conto "Entre o sonho e a Realidade" foi um conto totalmente inesperado para mim pois começou com uma inspiração de um sonho de uma amiga e terminou como um desejo particular meu, um sonho também.

Eu realmente amei escreve-lo!

Beijosssssssssss

By Betinha Rofari 

- Aonde vamos? Perguntou Edu assim que eu entrei no carro.

- Você disse que eu sempre mando não é? Então hoje quem decide é você! Respondi colocando o sinto de segurança e olhando para ele com um ar de surpresa. Ele deu uma gargalhada como quem não acreditava no que estava ouvindo

- Poxa será que eu sou tão má assim? E fiz biquinho ao responder.

Saímos eu sem saber para onde íamos, no geral isso me deixaria perturbada mais naquele momento era tudo que eu precisava, um pouco de emoção. Paramos no mirante de uma montanha que tinha na saída sul da cidade. A noite estava linda, toda estrelada e com um ventinho bem típico de outono. Edu sempre pensava em tudo, levou uma bela garrafa de vinho e bombons com avelã meus favoritos.

- Você sempre pensa em tudo né, como pode ser tão perfeito? Na verdade não entendo como você pode estar solteiro ainda. Um homem lindo, estudioso e o mais cavalheiro que já conheci, essa mulherada de hoje em dia não sabe dar valor ao que realmente importa. Falei ao pegar minha taça de vinho.

- Na verdade não são apenas elas, sou eu também. Respondeu ele num tom nada divertido.

- Como assim Edu? Eu sempre te questionei quanto a sua vida amorosa e você sempre foi muito vago em relação a isso. Desde que você e a Laís terminaram nunca mais vi você com nenhuma mulher. Tá tirando o dia do meu noivado em que você tomou aquele porre e ficou com a Giany aquela prima do Afonso nojenta que eu odeio. Até hoje acho que você só fez aquilo para me provocar afinal você sempre foi contra ao meu noivado. Perguntei tomando o primeiro gole de vinho.

- Ana nem me lembre daquele dia, e já te expliquei os motivos para eu ser contra a você se casar. Você é muito jovem, quase uma menina, uma menina inocente e amável, mandona também, mas pura de coração. Esse mundo que você esta prestes a entrar é um mundo muito diferente de tudo que você viveu e não sei se você esta pronta para ele, apenas isso.  Respondeu ele em momentos sérios e em momentos divertidos. Eu sempre achei que tinha mais alguma coisa, como se ele soubesse de algo muito importante, mas que não podia me contar. Decidi que naquela noite eu iria descobrir tudo.

- Não sei por que, mas acho que você esta mentindo para mim Eduardo e isso esta me deixando muito triste. Fiz a cara de choro que só eu sabia fazer.

- Ai ai ai mocinha o que você esta querendo com essa manha toda? Respondeu ele se divertindo com a minha cara. Então deitei minha cabeça no ombro dele e falei.

- Sei lá Edu, eu sempre tenho a sensação de que esta escondendo alguma coisa de mim quando falamos sobre isso. O que esta acontecendo, não confia mais em mim meu amigo? Ou é algo que você sabe e não pode me contar hein? Perguntei esperando uma resposta, mas não a obtive.

- Sabe eu sempre venho aqui quando preciso pensar um pouco na vida, quando tenho algum medo algum problema e sempre encontrei a solução que eu precisava ou quase sempre, pois tem coisas na vida que não dependem apenas de nossas decisões ou escolhas mais sim de mais alguém. Falou ele enchendo novamente as nossas taças de vinho, como quem ganhava tempo para falar o que realmente era importante.

- O que você quer dizer com quase sempre? Esta passando por algum problema? Eu quero te ajudar meu amigo. Poxa mais que coisa você e essa sua mania de querer me proteger de tudo e todos né Eduardo. Falei agora olhando nos olhos dele.

- Meu problema que na verdade não é um problema, não pode ser resolvido tão fácil Ana ou até talvez nunca seja resolvido. Quando temos um problema relacionado ao coração ao amor não depende só de um, mas duas pessoas. Respondeu ele olhando para a taça de vinho.

- O que você quer dizer com isso Edu? Você esta apaixonado é isso mesmo? Perguntei boquiaberta.

- Eu sou um eterno apaixonado Ana. Respondeu ele dando uma risadinha debochada.

- Não Eduardo, nada disso. Pode parando com esse seu joguinho de respostas prontas. Você hoje só sai daqui quando me contar toda a verdade sobre essa sua paixão ou amor.

- Ana amanhã é o dia do seu casamento. Você precisa ir para casa e descansar para o seu grande dia. Falou ele com um tom debochado que eu realmente odiava.

- O que você esta querendo Edu? Me deixar triste no dia em que eu escolhi passar minhas ultimas horas de solteira com meu melhor amigo problemático? Respondi também debochando da cara dele. Ele não respondeu muito pelo contrario me olhou com um olhar intenso com um ar de dor. Eu mantive meu olhar tentando desvendar o que seus olhos queriam me dizer que sua boca não conseguia. Ele desviou o olhar para encher novamente e pela ultima vez, pois a garrafa de vinho acabou nossas taças.

- Fala dela para mim, eu quero saber dela, não precisa me falar nomes. Perguntei insistente e dessa vez olhando para as estrelas.

- Ela é a mulher mais linda que eu já vi. É carinhosa, meiga, doce como jamais existira, dona de um coração imenso. Falou ele com uma doçura na voz que me causou espanto e até uma pontinha de ciúmes. Eu não sabia o que falar tomei a ultima taça da vinho como em um gole só. Fiquei olhando para ele esperando que ele continuasse, mas como ele se calou falei eu.

- Nossa Edu quem é esse diamante bruto? Fiquei com ciúmes viu e curiosa em saber quem é a mulher misteriosa que tocou o coração do homem mais especial que eu já conheci. Falei achando que não obteria resposta, mas na verdade a resposta veio até mim.

NOSSA... MAS O QUE SERÁ QUE ACONTECEU???

QUAL FOI A RESPOSTA DO EDU???

LOGO LOGO NÓS SABEREMOS!

BEIJINHOSSSSS

By Betinha Rofari 

Esse é mais um projeto meu, uma estória que será dividida em 3 partes, 3 contos... baseada em um sonho que uma pessoa muito especial compartilhou comigo... espero que vocês gostem!

Conto:

ENTRE O SONHO E A REALIDADE

Parte 1

Acordei assustada, toda suada querendo acreditar que tinha sido um sonho. Que eu não estava vivenciando aquilo na realidade não podia ser verdade.

Eu estava em minha casa e estava cheia de gente, ao que parecia uma festa, uma festa para mim. Estava escurecendo, muitas pessoas estavam lá todas bem vestidas e alegres e eu as observava da janela do meu quarto. Tinham meus pais cumprimentando a todos, minha mãe estava linda em um vestido dourado e meu pai em um terno muito bem alinhado marrom. Meus tios, primos, amigos quase todos, foi ai que senti a falta de um em especial, meu parceiro desde moleca, desde sempre.

- Cadê o Edu? Perguntei em voz alta crendo estar sozinha.

- Estou aqui! Respondeu ele com uma voz de dor que me fez ter lágrimas nos olhos só de ouvir. Virei-me aos poucos analisando cada pedaço do cômodo em que eu me encontrava. Deparei-me com um vestido lindo cheio de perolas bordadas em uma renda perfeita, era um vestido de noiva. Já o tinha visto antes.

- O que é isso? O que meu vestido de noivas esta fazendo aqui? Falei em voz alta. Continuei observando tudo para tentar entender o que estava acontecendo. Era o meu quarto, quando vi o Edu me assustei. Sentado em uma poltrona com as mãos na cabeça que estava virada para o chão, ele estava lindo em um terno preto, ele sempre foi lindo, meu amigo mais que perfeito.

- O que esta acontecendo Eduardo? Por que estou aqui trancada nesse quarto com você? Perguntei sem ter coragem de me aproximar e no fundo temendo a resposta.

- Eu estraguei tudo. Eu sou um burro. Deveria ter guardado todo esse sentimento para mim, me perdoa Ana! Disse ele levantando o rosto e se ajoelhando em minha frente.

- Levanta Edu, por favor, não faz assim vamos conversar. Nem terminei de falar e me lembrei de tudo.

- Meu casamento! Falei e sentindo calafrios me lembrei da noite anterior.

Era minha ultima noite solteira, mas não queria despedias bobas em boates ou coisas assim preferi ficar em casa e curtir meu quarto pela ultima vez. Eram dez horas da noite e eu já tinha falado com o Afonso, já tínhamos feitos nossas juras de amor e prometido que o dia seguinte ia ser perfeito. Éramos namorados há três anos e planejamos nossas vidas com muita calma querendo que tudo fosse perfeito. O Afonso era um homem muito metódico e cheio de manias tinha se tornado um advogado de sucesso e muito ocupado, mas sempre era muito carinhoso e me enchia de mimos e presentes. Já eu sempre fui muito simples tinha terminado meu segundo grau e ainda não sabia se seria administradora ou contadora. Era jovem e romântica, acreditava na história de “um amor e uma cabana” só que a vida me mostrou que não ia ser assim então estar com o Afonso que era o amor da minha vida era meu conto de fadas.  Ele permitiu que nosso casamento fosse meu conto de fadas com direito a carruagens e baile. Estava ansiosa.

Comecei a sentir certa inquietação, uma saudade. Lembrei que não falava com Edu a muitos dias, ele tinha sumido. Peguei o telefone e liguei para o numero do celular dele.

- Alô Edu, acordei você?

- Não Ana, na verdade sono é uma coisa que não anda fazendo parte da minha vida nos últimos dias. Mais e você o que esta fazendo acordada, amanhã é seu grande dia, precisa descansar, fazer seu sono da beleza. Falou ele rindo, mas com uma voz que parecia tentar disfarçar uma dor.

- Tô sentindo a falta do meu amigo poxa, será que eu posso? Estava pensando e ver você, será que pode vir me buscar para a gente se ver? Perguntei meio que ordenando e não aceitando um não como resposta.

- Claro que sim minha linda, seu pedido sempre foi e sempre será uma ordem para mim. Estarei ai em trinta minutos. Respondeu ele desligando o telefone.

Edu e eu éramos amigos inseparáveis, como unha a carne. Morávamos na mesma cidade desde que nascemos, éramos vizinhos na verdade. Ele tem dois anos a mais que eu, mas sempre nos demos bem e a idade que normalmente importa no nosso caso não atrapalhou nada. Ele era meu confidente e eu a dele, saiamos juntos, passávamos as férias juntos, éramos mesmo inseparáveis. Quando eu conheci o Afonso ele teve crises de ciúmes, dizia que eu ia deixar ele de lado, mais nunca fiz isso. Ele sempre foi importante demais para mim. Na época ele começou a namorar uma menina também. Ele não era muito namorador mais era lindo, pele clara, olhos verdes, corpo atlético, além de sempre muito carinhoso e protetor comigo, era o irmão que eu não tive. Ele já estava na faculdade, fazia educação física e estava adorando essa nova fase da vida dele. Eu não nego que fiquei apreensiva quanto à possibilidade dele se afastar de mim afinal eu era uma menina de 17 anos e ele um universitário de 19 anos. Só que nossa amizade era realmente mais forte que tudo isso.

E ai???

Gostaram???

Beijinhossssss

By Betinha Rofari 

Quando percebi estávamos sozinhos, pedi para ir ao banheiro e ele me indicou onde era. La dentro me olhei no espelho analisando como eu estava. Vermelha é claro, lavei meu rosto para ver se diminuía o calor dele. Estava usando uma blusinha rosa com detalhes em branco, ela era delicada como eu gostava e também estava de calça jeans nova que meu pai tinha me dado em um dos nossos passeios de domingo pelo shopping. Achei que estava bem vestida, mas por que eu estava me observando? Fiquei assustada com minhas pernas bambas nesse momento e falei para mim mesma “não seja infantil Olivia, ele apenas te observava por não ter mais ninguém ali com vocês naquele momento, nada mais que isso!”. Ao me recompor sai do banheiro fui direto a cozinha, mas ele não estava mais lá.

- Guilherme, cadê você? Perguntei assim que percebi que poderia estar sozinha. Foi quando olhei para o lado e ele estava encostado na porta que dava para os fundos olhando a chuva que tinha se intensificado.

- Nossa a chuva esta bem forte. Não vou poder demorar a ir para casa, minha mãe deve estar ficando preocupada e mais tarde tenho encontro de jovens na igreja. Falei tentando chamar a atenção dele. Ainda virado para o lado contrario ao que eu estava ele disse.

- Claro, quando você quiser ir me avise que eu levo você.

Achei estranha a maneira que ele respondeu, parecia que ele queria que eu fosse embora e talvez isso fosse verdade mesmo. Já eram mais de cinco horas da tarde e ele devia ter algum compromisso naquela noite então pedi para que ele me levasse embora.

- Então Gui me leva para casa, por favor? Já chega de estudos por hoje. Tentei falar de uma maneira divertida, mas estava tudo tão estranho, um clima tão pesado que minha tentativa foi em vão.

Ele me levou para casa quieto o tempo todo, respeitei e apenas disse tchau quando ele me deixou na porta de casa, mas ele só respondeu com um aceno com a mão e se foi. Entrei em casa e fui direto para o meu quarto com a desculpa de me arrumar para o grupo, nem sei se tinha alguém em casa e nem queria saber só queria ficar quieta por alguns minutos para entender o que tinha acontecido naquela tarde.

O encontro do grupo jovem foi como sempre muito bom. Mais uma vez a Mariana fez com que fizéssemos louvores e eu adorei a ideia por que precisava pensar e cantar me fazia ver as coisas de uma maneira mais direta, me fazia perceber o caminho que eu deveria seguir, mas nesse encontro eu consegui lágrimas nos olhos apenas.

- O que esta acontecendo com você Olivia? Sei que não é da minha conta mais senti uma emoção diferente em sua voz hoje enquanto você cantava. Perguntou Mariana assim que fizemos a oração final do encontro. Me senti uma boba pois ela nem terminou de falar eu já estava com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu na verdade não sei o porquê só sei que esta sendo mais forte que eu, mas, por favor, não conte nada a ninguém principalmente para a minha mãe. Foi o que consegui dizer e então ela me abraçou.

- Não sei o que esta acontecendo com você, mas não acho que isso esteja te fazendo mal, ao contrario, eu acredito que você esteja descobrindo alguma coisa dentro de você e isso esta te assustando. Mas tenha calma que na hora certa você saberá o que fazer e que caminho seguir, isso são apenas coisas do coração. Ela falou se despediu e fomos embora.

- “Coisas do coração”, como assim? Perguntei em voz alta para mim mesma a caminho de casa. Ela só podia estar enganada.

- Olivia! Uma voz me chamou e eu estremeci em um susto. Era o Guilherme parado ao lado do ponto de ônibus bem perto de minha casa.

- Oi Gui, esta tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Perguntei surpresa na verdade foi o que veio em minha cabeça já que meu coração estava quase saindo pela boca e minhas pernas estavam bambas.


E AI??? FICOU COM GOSTINHO DE QUERO MAIS???
BEIJINHOSSSSS
BOA NOITE!

By Betinha Rofari 

O amor... O que é o amor???

Para mim é o que me move... O amor me mantem viva, me faz ter forças, me faz acreditar, me faz chorar, me faz sorrir... O amor é tudo.

O dia em que as pessoas acreditarem nisso, no poder que o amor tem o mundo será o lugar ideal para se viver, por que só com amor saberemos compreender uns aos outros e assim respeitar limites imaginários, mas existentes entre nós.

Quem se cansa do amor é tolo ao dizer isso, pois na verdade ninguém cansa do amor... Cansamos sim de esperar, de desculpar, de tantas promessas, de inconstâncias... Mas jamais fechamos as portas para ele, pois ele é sempre muito bem recebido!

O amor é o alimento da alma e do corpo!

By Betinha Rofari 

Aquela manhã acordei ainda pensando se eu realmente teria coragem, era dar um tiro no escuro e o medo tentava mais uma vez tomar conta de mim. Não me lembro de quantas vezes marcamos aquele encontro, mas eu todas às vezes cancelei por esses mesmos motivos será que hoje seria igual?

Mas medo de que afinal? De ser feliz nem que seja por uma noite? De ser desejada como há muito tempo não vinha sendo?

Claro eu sabia que em partes seria um erro, eu era casada e não seria justo como ele, mas em partes. Eu não era mais feliz e sair dessa relação estava se tornando missão impossível então busquei novos olhares, novos rumos para os meus olhares e encontrei o mais lindo olhos negros que já vi. Ele me olhou com tanta intensidade que me senti envergonhada a principio, fiquei pensando se aqueles olhares eram mesmo para mim, mas com o passar do tempo percebi que eram todos meus e os meus já eram dele e ele já tinha percebido. Trocamos números de telefones, e-mails e durante algum tempo nos falamos através deles, mas muitas vezes sem muitas coisas a falar, era estranho, estávamos sem papo já e mesmo assim a necessidade de dizer um oi todos os dias era imensa. Entre nossas conversas começaram a acontecer indiretas.

- Quando vamos nos conhecer minha linda, preciso tocar em você, sentir seu abraço, seu cheiro, seu beijo eu preciso disso. Ele veio com essa direta um dia assim sem mais nem menos e eu sem ação não respondi. Ele também se manteve calado como quem esperava uma resposta positiva, mas eu não consegui responder que sim, mas o não também tinha sido descartado naquela altura. Os dias passaram e ele sempre me perguntava “quando?” eu nunca respondia, desconversava até um dia que ele sumiu, não falou mais comigo na net e eu simplesmente fiquei arrasada, por causa da minha falta de coragem tinha perdido uma oportunidade de ser feliz. Mais também pensei que foi melhor assim, afinal eu era casada e por mais infeliz que eu estivesse era erado então tinha sido melhor assim. Mas os dias passaram e um dia recebo uma mensagem no meu telefone. “sinto sua falta!” aquilo em mim foi como jogar álcool em brasa. Dali em diante perdi a noção das coisas e resolvi me entregar ou tentar me entregar a aquela loucura.

Foram muitas as tentativas do encontro, sempre com uma desculpa minha, mas ao mesmo tempo sempre com medo que ele desistisse de novo só que para minha sorte ele não desistiu.

Então ia ser hoje, não poderia mais fugir, ele tinha me dito na noite anterior quando conversamos que não queria se decepcionar comigo, que se eu não fosse dessa vez ele iria desistir por que era sinal que eu não tinha certeza do que eu falava e que não ia ser ele a me prejudicar por isso.

Era meio dia de um sábado. Disse que iria passar à tarde na casa de uma amiga e sai sem esperar resposta. Era independente e minha fase de submissão a aquele que se dizia meu marido tinha acabado. Quando cheguei bem perto de onde íamos nos encontrar recebi uma mensagem dizendo “estou te esperando no meu apartamento!” . Era perto dali e fui decidida a ver no que ia dar. Quando cheguei perto vi que ele já me esperava do lado de fora do prédio. Meu coração veio até a minha boca, mas não pensei em desistir. Ele me abraçou me beijou no rosto e fomos caminhando até seu apartamento. Ao entrar me deparei com a realidade do que estava por acontecer e sem pensar muito entrei quando ele me convidou, mas sem ação me sentei no sofá e fiquei olhando besteiras no meu celular. Ele ficou me observando por mais alguns minutos e tirou um celular da minha mão me puxando para o beijo na boca mais deliciosa que já tinha beijado. Foi uma loucura sentir seu corpo junto, mas muito junto ao meu. Sentir suas mãos percorrendo meu corpo como alguém desejava mais que tudo aquele momento só que tive forças para afasta-lo e dizer “não”. Ele se afastou tão ofegante quanto eu, mas percebi que não ficaria longe de mim por muito tempo, mas precisava pensar.

- Você quer ir embora minha linda? Ele perguntou e eu não respondi novamente, era tudo que ele queria e mais uma vez veio com todo o seu desejo para cima de mim me pegando no colo e me carregando para o quarto. Achei que ele não ia conseguir mais quando percebi ele já tinha me colocado num colchão no chão e mais que rapidamente beijava todo o meu corpo. Foi um desejo louco de um pelo outro a troca de toques a pegada dele era simplesmente maravilhosa, nunca tinha sentido nada igual. Ele tirava minha roupa com uma facilidade que quando percebi estava de roupas intimas e ele me olhou e apenas disse “meu Deus você é linda, é minha gostosa!”. Foi maravilhoso sentir o desejo dele por mim, ele era lindo, perfeito demais para ser verdade e me sentir desejada despertou em mim uma mulher que eu não pensei que existisse, uma mulher capaz de nessa hora controlar a situação e perceber que mesmo adorando não estava preparada para continuar e consumar todo aquele desejo.

- Não posso, por favor, eu não posso. Falei tentando segurar aquele homem enlouquecido em cima de mim. Ele não me ouviu e tentei tirar ele de cima de mim, mas quando consegui me virar para levantar ele estava novamente beijando meu corpo e perguntando “por quê?”. Eu mais uma vez fiquei ali permitindo todo aquele desejo e carinho que eu tanto tive medo que fosse na verdade apenas uma utopia e se tornou real.

- Por favor, meu anjo eu não posso, para! Foi eu terminar de falar e ele tirou seu corpo de cima do meu, mas devagar com cuidado como se fosse algo muito difícil para ele. Sentou ao meu lado com a cabeça entre as pernas e eu sentei ao seu lado ofegante abraçada ao meu corpo. Ele então me olhou beijou pela minha boca com um toque mais sutil e se levantou eu aproveitei e coloquei novamente minha roupa indo em direção à sala tentando pensar no que fazer. Quando ele apareceu me olhou e eu disse.

- Preciso de um copo de agua. E após beber a agua ele me perguntou.

- Você quer ir embora? Eu respondi através de gestos com a cabeça que sim, pois minha boca com certeza diria que não. Terminei de beber a agua e coloquei o copo em cima da mesa, me virei e disse “tchau”, ele foi até a porta, a abriu para mim e nada falou. 

No caminho de casa pensei um pouco em tudo, em como eu sonhei que fosse acontecer tudo e em como aconteceu. Percebi que sonhei demais que na verdade o real não pode ser um conto de fadas, mas não me arrependi ser desejada daquela maneira foi simplesmente maravilhoso.

E ai gostaram???

Uma história quente né... quanto desejo... e será que acabou ai?

Deixem sua opinião... ela é importante para que eu continue tendo inspiração e continue escrevendo... Beijinhosssss

By Betinha Rofari 

Mais um novo projeto, um novo bebe que esta nascendo... espero que vocês gostem... essa é uma pequena introdução da história!

Estava muito triste, não entendia o porquê daquela discussão sem sentido de tantas ofensas. Eu queria que Greyce entendesse que não fui eu, mas será que valeria a pena. Ela duvidou de mim pior mexeu com meus sentimentos e isso esta doendo muito. Não sei o que fazer só quero chorar e chorar e chorar.

- Greyce você precisa entender que eu não tenho nada a ver com isso! Tentei falar, mas ela gritava.

- Foi você, só pode ter sido você. Só você era contra ao meu envolvimento com o Renato, só você me criticava, só pode ter sido você e por isso nunca vou te perdoar.

- Eu jamais faria isso com você por mais errada que você esteja em ter esse tipo de relação extraconjugal o problema é seu o que eu ganho jogando a merda no ventilador? Eu falei dessa vez gritando tanto que ela se calou e me ouviu e então pude continuar em um tom mais baixo mais não menos estressado.

- Amiga eu não sei quem contou para o Gustavo do seu caso com o Renato, sinceramente nem faço ideia. O que eu sei e que eu não fui e você duvidar da minha palavra esta me magoando muito. Ela não respondia secava o rosto com raiva e nem me olhava enquanto eu falava.

- Você deveria primeiro saber com o Guto quem falou com ele e tentar o fazer entender que foi só um momento de fraqueza.

- Nossa ninguém mais do que você sabe o quanto eu amo o Guto mais o Natinho é irresistível. Ele é puro tesão um sexo casual perfeito. Mais por que tô gastando meu tempo com você né Olivia! Você nem sabe o que é sentir tesão de verdade tá ai se guardando pro seu príncipe encantado, ridícula. Cuidado para não mofar presa na sua torre viu. Ela respondeu, virou as costas para mim e se foi sem dizer mais nada.

Fiquei atônica com tamanha crueldade de suas palavras. Ela sabe o quanto esse assunto é difícil para mim. Fiquei em estado de choque de verdade. Esse assunto era por difícil demais para mim. Sonhava sim com o príncipe encantado, mas principalmente por que só um conseguira me tirar da minha torre de sofrimento... 

E ai gostaram????

Beijosssss

Todos os dias as mesmas brigas, as mesmas ofensas. Isso já esta me cansando.
- Por que você é tão difícil? Que prazer é esse que você tem em me fazer infeliz? Perguntei entre lágrimas, pois não acreditava no poder que ele tinha em me fazer sentir um nada.

- Você é uma idiota, só reclama da vida. O que você quer mais guria, te enxerga, acha o que da vida? Tá achando que eu sou ruim vai procurar outro. Não te impeço de nada, na verdade Larissa se você for vai estar me fazendo um favor. Disse isso na minha cara sem dó nenhum.
- Não acredito que estamos ouvindo isso novamente Lucas, nós já conversamos, já te expliquei que isso me magoa você disse que entendia e agora volta a falar tudo isso. Por quê? Só por eu ter reclamado da hora que você tem chegado em casa? Nossa por favor, você acha isso justo? Eu em casa cuidando do nosso filho, vivendo para a minha família e você vivendo a sua vida sem pensar na tua família? Sem pensar em mim? Perguntei ainda entre lágrimas.
- Como assim você vive para a sua família? Você nem cuida de nada direito, não faz nada direito, faça-me o favor né e para de falar besteiras. E tem mais cuide você de você mesma, não sou seu pai nem sua mãe para cuidar de você. Falou isso olhando com a cara de deboche que só ele sabia fazer e que me deixava com muita raiva, pois isso era sinal que eu estava fazendo papel de palhaça mais uma vez. Isso me irritava muito, pois eu não entendia o porquê de tanta submissão ou entendia sim eu era dependente dele. Tinha me deixado tornar dependente e agora com um filho tudo se tornava ainda mais difícil. Às vezes parecia que eu não vivia mais que na verdade reagia ao que ele queria que eu fizesse. A depressão queria tomar conta de mim, mas sempre procurei lembrar que o motivo pelo qual eu estava naquela relação precisava de mim saudável e não doente então me abraçava em meu filho e cantava com ele canções de ninar para controlar minha ira.

Ele virou as costas assim que terminou de falar e foi para o banho resmungando ainda coisas do tipo “ela é uma chata” ou ainda “eu quero mais é que tudo se exploda, cansei” e eu ouvindo calada para evitar mais brigas. Só que essa situação estava ficando insustentável, precisava fazer algo da minha vida buscar novos rumos ou reencontrar meu rumo, pois o deixei para trás no momento que decidi lutar por esse amor mais do que lutar por mim. Bom precisava fazer alguma coisa, coloquei meu filho no berço e fui ao encontro dele no banheiro.

- O que você tá fazendo aqui? Não adianta encher meu saco e depois vir pedir desculpas sai, sai, sai me deixa tomar meu banho quieto. Ele falou enquanto eu tirava parte por parte da minha roupa olhando bem nos olhos dele e desejando que aquele fosse o momento de decisão em minha vida. Quando terminei de me despir perguntei.

- Você tem certeza que quer que eu saia? Ele não respondeu nada virou de costas para mim e continuou o banho. Me senti muito mau com isso. Não sou nenhuma beldade, mas sei que tenho um algo a mais que chama atenção, sou sexy e sei também me fazer ser notada quando quero ser o problema era que fazia tempo que tinha esquecido esse meu lado mulher. Ele estava morto, junto com todas as ofensas diárias que na verdade eram as pás de terra em cima de mim enterrada dentro do buraco da insegurança e da tristeza. Tentei mais uma vez o abracei, beijei suas costas e virei o corpo dele para o meu nem dando tempo dele reagir beijei ele como sempre gostava de beijar, mas nunca mais tinha conseguido. Desejei que aquele beijo tocasse o coração dele e despertasse novamente aquela paixão, aquele desejo, aquele amor que nos uniu há tempos atrás. Para o meu desespero ele não retribuiu ao beijo e ao contrario afastou meu corpo do dele e saiu do banho dizendo.

- Eu já terminei, o banheiro é todo seu.

Aquela foi a pior de todas as sensações. Me senti um lixo, um nada. Chorei muito ali sentindo a agua quente do chuveiro descer pelo meu corpo, percorrendo cada pedaço dele como eu queria que o Lucas tivesse feito naquele momento. Foi quando algo dentro de mim mudou. Senti como um soco no estomago me fazendo levantar. Me olhei, analisei cada pedaço de mim, vi defeitos e muitas qualidades, “eu sou linda” pensei. Terminei meu banho e comecei a me enxugar ainda olhando cada pedaço de mim e em minha mente uma voz ainda dizia “eu sou linda”! 

Passei creme em meu corpo acariciando cada parte dele e a cada toque me sentia viva, como se na verdade o desprezo dele tivesse despertado em mim um amor por mim mesma que eu tinha esquecido. Coloquei minha camisola de renda penteei os cabelos e sai do banheiro. Ele estava sentado no sofá, com as pernas abertas assistindo seus programas de sempre. Olhei aquele homem sentado ali e percebi que ele não era mais o mesmo que eu tinha me apaixonado há tempos atrás que na verdade aquele homem ali sentando era um estranho. Um homem que não chamava mais minha atenção, que não me causava calafrios, que não despertava mais desejos em mim. Foi então que sem mais pensar eu parei na frente daquele estranho o disse.

- Me desculpe não conheço mais você e por isso não sou mais obrigada a conviver com o que você se tornou. Obrigada por me fazer ver isso esta noite, pois hoje eu descobri que eu sou linda!

Dizem que quando falamos muito de uma música é porque ela descreve nossos sentimentos né... então... deixo esse conto para vocês... espero que gostem...

Beijinhosssss

GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊS UM PEDAÇO DO MEU NOVO PROJETO... MEU PRIMEIRO LIVRO! NA VERDADE JÁ PENSEI EM ESCREVER ELE VÁRIAS VEZES MAS SEMPRE PARAVA NA VONTADE E DESTA VEZ DECIDI COLOCAR NO PAPEL E VER NO QUE VAI DAR... ESSE É APENAS UM PEDAÇO DELE... ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM E QUE ELE FAÇA VOCÊS TEREM UM GOSTINHO DE QUERO MAIS...

Título provisório:

"Quatorze anos e um amor"

Não consegui fugir da Lili por muito tempo quando a aula acabou naquele dia ela simplesmente me cercou na saída da escola e me fez contar tudo. Ela estava mesmo era preocupada comigo.

- Isa nunca vi você assim tão histérica, o que esta acontecendo, é por causa do João? Esse nome me fez tremer.

- Não queria falar nisso amiga, por favor, é ainda muito estranho tudo isso que esta acontecendo comigo, acho até que estou louca. Respondi acreditando que ela entenderia e me respeitaria, mas se ela fizesse isso não seria a Lili que eu amava.

- Nada disso amiga, vamos conversar sim. Disse ela me deixando sem saída.

Eu não sabia na verdade o que dizer. Esse menino me fez reviver meus medos e lembrar quem eu era e não sabia dizer o porquê.

- Lili na verdade nem eu sei o que esta acontecendo comigo, desde ontem estou pensativa relembrando minha vida e... Eu hesitei em falar mas...  Pensando no João!

Tentei explicar a ela que nem eu entendia o que era aquela minha reação ridícula quando ouvi a voz dele, pois nem coragem de olhar para ele eu tive. Ela me disse que ele olhou eu correr e apenas riu. Me senti patética uma adolescente bobona, ai que raiva senti. Fomos para casa ela me disse que não estava entendendo nada também, mas que sabia que logo tudo isso ia passar e era o que eu mais queria.

Aquela semana passou voando, foi mesmo cheia de coisas para fazer, trabalhos, provas, ajudar minha mãe, graças a Deus consegui esquecer um pouco o João. Nossa pensar nele me dava calafrios. O final de semana também me ajudou a não pensar nisso. Minha família se reuniu e então consegui me distrair com minhas primas e primos com conversas animadas e muitas brincadeiras.

Na segunda feira tudo estava bem mais calmo dentro de mim, já conseguia ser eu mesma.

- Hum a minha amiga Isa voltou? Perguntou Nati me dando um longo abraço.

- Por que eu tinha me escondido e não sabia? Perguntei dando uma das minhas gargalhadas  para a turma toda para rir. Foi bom o dia na verdade vou ótimo, sem estresses. Lili me avisou que tínhamos trabalhos importantes para fazer aquela semana e que teríamos que ir a biblioteca na escola durante a tarde.

- Que dia você quer ir Lili? Preciso avisar a minha mãe. Decidimos ir na quarta feira.

Logo depois do almoço eu fui me encontrar com a Lili e a Nati na escola. Não achei elas e fui direto para a biblioteca para adiantar as coisas do trabalho. Quando percebi já tinha esperando quase 15 minutos e nada das meninas. Me senti entediada, já tinha achado os livros que íamos precisar e estava ficando com fome já. Resolvi ir até a cantina e comprar alguma coisa para comer, olhei pela janela da biblioteca para ter certeza de que elas não estavam vindo e que iriamos nos desencontrar, foi então que o vi. Mais uma vez me senti completamente tonta e envergonhada, mas não conseguia para de olhar em direção a ele. Desta vez era mais forte que eu. Ele estava lindo jogando futebol com os meninos na quadra, se destacava fácil no meio deles, era realmente perfeito. Fiquei ao que parece algum tempo ali olhando para ele da janela da biblioteca até ser tirada do meu estado de paralisia pela voz de Nati.

- Desculpe o atraso amiga, tive que ajudar a minha mãe.

Eu virei mais que rápido em direção a ela temendo que a Lili estivesse com ela e voltasse a me torturar com aquelas perguntas. Mas para a minha sorte Lili chegou bem depois, se atrasou pelo mesmo motivo de Nati e eu nem questionei claro. Começamos a fazer o trabalho ainda estava encantada com a imagem dele jogando futebol ali na minha frente, mas precisa me concentrar o trabalho era importante e não queria que a Lili desconfiasse de nada, o que foi em vão.

- Você viu quem esta ali na quadra jogando futebol Isa? Perguntou ela sussurrando no meu ouvido com uma voz bem debochada. Nem respondi apenas fiz que sim com a cabeça e olhei para ela com uma cara que ela conhecia bem. A cara de “não quero falar nisso”. Puxei papo com a Nati sobre o trabalho e então consegui me livrar dos olhares da Lili. A tarde foi bem agradável, rimos, concluímos boa parte do trabalho, na verdade só faltava finalizar ele, detalhes, a Nati ficou de fazer isso por nós. Eu agradeci estava querendo ir logo pra casa e como Lili resolveu ficar na escola por que disse que tinha alguma coisa lá para resolver foi o que eu fiz, sai o quanto antes da escola e fui para casa.  Bom os dias foram passando e eu queria muito reencontrar aquele menino que me fez ter novos sonhos e desejar mais pra minha vida, mesmo que fosse a distancia. O final de semana tinha chegado, tínhamos combinado de sair para dançar. Encontrei a Lili e a turma toda numa lanchonete que sempre era nosso ponto de encontro.

Ela estava estranha cheia de mistérios a semana toda.

- O que você tem Lili, esta estranha, toda misteriosa. Perguntei num tom de brincadeira. Ela balançou a cabeça como quem diz que não tem nada e sorriu. Bom não dei muita bola, se ela quiser falar sabe que pode contar comigo, até por que ela não estava triste então não era um mau sinal.

E então ela da um pulo tipo como quem estava esperando alguém e olha para mim dizendo.

- Não fica chateada comigo, um dia você vai me agradecer. A principio não entendi nada mais foi ai que olhei para o lado e quem vem em nossa direção?

- Meu Deus Lili o que você fez? Perguntei para ela com a cabeça baixa e completamente envergonhada

- Não fiz nada demais apenas esclareci algumas coisas, mas acho bom você levantar a cabeça, pois ele esta vindo em nossa direção. Quando levantei minha cabeça ele já estava na minha frente sorrindo, lindo. Com um camisão branco e uma calça preta.

- Oi meninas tudo bem? Disse João e deu um beijo em cada uma de nós. Fui ao céu e voltei. Respondi com um sorriso e disse:

- Oi, tudo bem sim e com você?

- Tudo, você sumiu, não te vi mais no colégio. Disse ele.

Pensei meu Deus ele sabe que estive no colégio espiando ele bem escondidinha, que vergonha!

- Pois é não tive mais trabalhos na biblioteca ai não precisei ficar até mais tarde. Falei sentindo meu rosto ferver. E ele apenas sorriu com cara de quem não acreditou na minha desculpa.

- E ai João, vai curtir uma baladinha? Perguntou Lili tentando dar tempo pra eu me refazer do susto, apesar de estar louca de vontade de dar umas boas gargalhadas da minha cara.

- Então acho que vamos né. Respondeu ele olhando pra mim, e completou:

- Vamos dar uma volta Isa?

Eu levei um susto, mas como assim? Apenas sorri, mas foi um sorriso que disse tudo. E naquela noite mágica tudo aconteceu. Na praia, antes de entrarmos na danceteria estava olhando as estrelas, estava fazendo uma noite linda e ele me roubou um beijo, assim sem trocas palavras apenas olhares. Meu Deus eu vi estrelas, senti meu corpo tremer e o mundo parou naquele momento. Foi mágico. Parecia que no meu intimo eu sabia que tudo isso ia acontecer, que seria assim perfeito. Depois trocamos poucas palavras até porque eu nem sabia o que dizer, ainda estava em estado de êxtase por tudo que estava acontecendo. Fomos dançar e ele ficou o tempo todo ao meu lado. No inicio achei estranho, mas depois até gostei. Estava acostumada a circular pelas pessoas, conversar e dar muitas risadas das situações que lá aconteciam, pois sempre tinhas as situações mais bizarras. Eu e Lili trocávamos olhares e quando pintava oportunidades trocávamos comentários sobre tudo que estava acontecendo. No final da noite o João quis me levar para a casa, achei aquilo o máximo, completou a noite perfeita. Nos despedimos e não prometemos nada um ao outro, apenas agradecemos através de um beijo a noite maravilhosa que tínhamos passado juntos. Naquela noite nem consegui dormir.

 E AI O QUE VOCÊS ACHARAM????

BEIJINHOSSSSSSSSSSSSS

Em comemoração ao dia do sexo resolvi escrever esse conto. É um, digamos, sonho erótico que eu já tive e resolvi compartilhar com vocês, espero que gostem!

Beijinhossss

Acordei meia sem noção do tempo. Afinal onde eu estava? O que aconteceu? Não conseguia me mexer. Algo em mim me dizia para ficar ali quietinha me concentrar e procurar lembrar o que aconteceu. Foi o que eu fiz.

Ontem eu estava no Brun Lounge com Micaelli aproveitando para comemorar meu novo emprego. Estava mais que feliz estava em total estado de êxtase. Era o emprego que eu tinha pedido a Deus. Ser jornalista em um grande jornal, o Metropolitan, estava realmente feliz. Tinha muita gente, área sexta feira então todos aproveitavam para fazer seus Happy Hour, e isso me deixava ainda mais empolgada, pois eu queria muito me divertir e adorava ver gente, estar com pessoas. Entre um copo de whisky e outro percebi que estava sendo olhada por alguém. Sabe aquela sensação doida de que tem alguém te olhando, mas onde? Não conseguia ver onde estava esse par de olhos que tanto me olhava. Fiquei intrigada, aquela brincadeira de esconde, e me pus a procurar o meu admirador. Foi então que depois de alguns minutos de procura encontrei um par de olhos que a principio penetrou no fundo de meus olhos com tal intensidade que me causou calafrios e ao mesmo tempo me deixo muito interessada. Bom quando percebi ele estava ao meu lado sem falar nada apenas me olhando.
- Oi! Disse ele de repente.
- Oi! Foi o que eu consegui responder.

Quando percebi ele estava segurando minha mão e um calor tomou conta de meu corpo. Senti meu corpo estremecer e ele percebeu isso dando um leve sorriso bem safado e piscando para mim. Olhei para Micaelli e disse.
- Amiga hoje não vou precisar de carona tá, e já estou de saída.

Ela não entendeu nada, na verdade me olhou assustada ao me ver de mãos dadas com um homem que ela nunca tinha visto antes. Mas nem deu tempo de ela falar qualquer coisa para mim, pois mal terminei de falar com ela eu já estava saindo do Lounge.

Ele abriu a porta do carro para mim e eu entrei sem fazer perguntas foi ai que dentro do carro sozinha antes que ele entrasse eu me perguntei em um momento de lucides, “o que eu estou fazendo?” mas ele nem deu tempo de eu responder a mim mesma me pegou de uma maneira que quando percebi estava no colo dele, no banco do motorista sendo beijada de uma maneira que nunca tinha sido. Depois de um longo amasso ele me disse “vamos” me colocou no banco do carona e deu a partida no carro. Durante todo o trajeto ficamos em silêncio, mas sua mão não parava de me tocar, nossa eu jamais tinha sido tocada daquele jeito. Estava a ponto de ter um orgasmo tamanha a intensidade de seus toques. Não demorou para chegarmos em sua casa. Era grande, não consegui ver detalhes, pois estava sendo carregada no colo e sendo beijada ao mesmo tempo só percebi um detalhe, a cama na qual ele me colocou delicadamente e me deixou ali por alguns instantes. Então ele voltou, eu estava debruçada em meus cotovelos olhando em sua direção.

- O que estou fazendo? Lembro-me de ter perguntado com um sorriso muito safado.
- Não tenha medo, não vou fazer nada que você não queira. Disse ele também com um sorriso que era pra lá de sedutor. E veio em minha direção se ajoelhou e foi tirando meus sapatos pretos de salto alto dando beijos em meus a cada toque em minha pele. Depois foi subindo pelas minhas pernas sem parar de beijar-me em cada pedaço do meu corpo. Eu estava de minissaia jeans e quando percebi minha calcinha já tinha voado pelos ares. Aquilo para mim foi como o ponto de partida para a minha loucura. Agarrei o pescoço dele arrancando sua camisa de botões sem nem se quer desabotoa-los. Ele com uma delicadeza bruta tirou minha blusa de paetês e minha saia e ai começou a minha mais nova sensação de prazer intenso. Seus beijos percorreram todo o meu corpo, cada pedacinho, sem deixar escapar nada. Eu simplesmente me vi dominada por aquele homem que me fazia ter a certeza de que eu não iria me arrepender. Eu tive sensações únicas de prazer, já nem sabia mais quantos orgasmos tinha tipo. Meu Deus que poder era aquele, ele era sobrenatural. Vi-me tentada a tentar domina-lo e ele se deixou levar por meu impulso quando vi estava eu sentada em seu colo deixando-me sentir seu corpo junto ao meu, sentir ele dentro de mim com uma surpresa ainda maior do que as anteriores, era perfeito, se encaixou como se fossemos feitos um para o outro. Percebi que ele também estava enlouquecido de prazer e surpreso com tamanha química e encaixe entre nossos corpos. Quando percebeu que eu estava o dominando me jogou na cama de quatro e sussurrou em meu ouvido.

- Você é maravilhosa! Eu nada conseguia falar e então eu o senti mais uma vez, mas dessa vez com uma maior intensidade com um desejo que nem ele controlava. Ele me domou de uma maneira que jamais achei que fosse possível, me senti desejada e isso me vez ir às nuvens por diversas vezes e voltar. Sua boca tocava minhas costas minha nuca e ele em um desejo absurdo me girou com uma rapidez que quando vi estava ele em pé e eu em seus braços sendo beijada e carregada no colo mais uma vez para o encaixe perfeito de nossos corpos. Ele me escorou na parede e me apoiei com as mãos numa prateleira que estava ao meu lado para tentar controlar meu corpo, mas era impossível. Nossos gemidos foram se intensificando e então ele me devolveu a cama e veio pra cima de mim com os olhos nos meus, sem desviar um só momento. Ele acariciou meu rosto com tamanha admiração.

- Você é tão linda, é tão perfeita! E então novamente senti todo o seu desejo sobre mim, mas dessa vez com menos intensidade, mas com uma doçura que tornou o momento tão mágico quanto o de um conto de fadas. Foi o ápice da noite. Nos deixamos levar dessa vez por nossas emoções e realmente emocionados por tudo tivemos o nosso final perfeito, um orgasmo juntos que foi simplesmente espetacular. Ele não saia de cima de mim me dando carinho e me beijando com muita emoção, me lembro de uma lágrima correr em meus olhos. Nossa eu estava realmente emocionada por tudo.

- Vamos tomar um banho? Ele mal terminou de responder e eu já estava novamente em seus braços sendo carregada para um banheiro que me parecia bem grande e bem claro. Ele me colocou no chão, encostada na bancada do banheiro e ligou o chuveiro verificando a temperatura sem e nenhum momento deixar de me olhar. Quando ele decidiu que a temperatura estava agradável me puxou para o banho, mas para a minha surpresa ele não entrou comigo em baixo da agua. Ficou me observando com uma expressão que eu não conhecia uma admiração que nunca tinha visto no olhar de alguém para mim.

- o que foi isso tudo? Você existe realmente? Lembro que perguntei isso e ele não me respondeu com palavras a principio, só sorriu um sorriso largo e tão lindo quanto o seu olhar.
- você merece isso e muito mais. Eu te amo!

Foi então que o desejo tomou meu corpo novamente e não me contive puxei ele para o banho comigo e sussurrando pedi.
- Repete! Repete isso, por favor!
- Eu te amo Liane, te amo para sempre!

Amores meu... apoiada por algumas pessoas muito especiais resolvi entrar de cabeça no mundo da literatura. Escrevi meu primeiro conto!
É baseado em uma história verídica que uma pessoa muito especial viveu e eu presenciei tudo!
Espero que vocês gostem... quero comentários viu!

Beijinhosssssssssssssss

Nunca é tarde para o amor!

A adolescência nos reserva tantas coisas, tantos momentos, tantos sentimentos que viver com eles é um aprendizado diário. Sou Katy tenho 19 anos e ao que parece minha vida esta só começando mas já cheia de dificuldades e dor. Com 15 anos perdi meu pai, um homem bom, honesto e trabalhador. Vivia para a família e não fazia outra coisa a não ser trabalhar para dar a mim, minha mãe e minha irmã uma vida melhor. Ele era pedreiro, e dos bons, todos queriam tê-lo em sua obra, pois ele amava o que fazia e sempre me dizia.

-Katy minha filha quando a gente ama aquilo que faz tudo fica perfeito e todos percebem que o amor é o combustível para que tudo dê certo.

Mas por uma acaso triste e cruel do destino, fazendo o que amava fazer ele veio a falecer de um enfarto fulminante. Foi um terrível acontecimento, minha mãe que era dona de casa e nunca trabalhou fora se viu comigo e minha irmã caçula com 10 anos para criar e sem nenhuma sinal de encontrar uma solução para isso. Meu pai sempre foi muito correto e conseguiu deixar para nós uma pensão pois recolhia INSS de um salário mínimo e também tinha um seguro de vida que nos rendeu 50 mil reais. Eu sempre soube que meu pai não nos abandonaria em momento algum, ele sempre pensou em tudo e até dias antes de morrer ele me disse assim:

- Filha cuide-se, programe sua vida, não deixe que o destino te pegue de surpresa, saiba sempre o que você esta fazendo para não se arrepender depois.

E essa é a lição que sempre procurei levar para a minha vida, apesar de toda a dor da perda e de achar que nada mais fazia sentido, mas não consegui e pereci na dor mais uma vez.

Eu estava completamente apaixonada pelo Authur. Ele era perfeito, alto e magro, pele, olhos e cabelos negros, meu Deus de ébano como eu o chamava. Me dava mil mimos, enchia minha vida de alegrias pois estava sempre sorrindo e de bem com a vida. Eram raras as vezes que ele demonstrava qualquer tipo de dor ou tristeza, uma das poucas vezes foi quando seu irmão mais novo inventou de se tornar um rebelde sem causa, ele não gostou e procurou ajudar o irmão a entender que era errado. Eles eram filhos de pais separados e o pai deles era totalmente ausente então o Arthur era meio que o “pai” dos seus dois irmãos e também o que ajudava a manter a família junto com a sua mãe.

Estávamos juntos há um ano eu com 17 anos e ele com 19 anos, passávamos pela nossa primeira briga. Eu sempre fui muito birrenta, não gostava muito de ser contrariada e ele era um pouco teimoso e quando ele estava certo ele nunca voltava atrás ou melhor quase nunca, pois várias vezes para apaziguar nossas brigas ele deixava a teimosia de lado só pra pararmos de brigar ele dizia assim:

- Amor eu não quero brigar por isso, é sem sentido por que eu sei que só vai nos machucar e eu não quero, vamos deixar isso pra lá.

Eu era mais durona mas não resistia a ele me olhando daquele jeito e procurando meus beijos. Mas como todo o casal tinham brigas mais sérias e foi numa dessas que eu resolvi que não queria mais. Disse para ele que já tinha sofrido muito na vida que eu queria era ser feliz e que se com ele não dava para ser feliz tudo bem que eu iria seguir minha vida e ele a dele. Ele tentou apaziguar a situação, me chamou, tentou conversar, tentou me beijar mas até hoje não sei por que eu não cedi a aquelas caricias que sempre foram perfeitas para mim. Mas então ele não mais insistiu, saiu pela porta de minha casa sem olhar para traz só me disse uma coisa antes de sair:

- Eu vou fazer sua vontade. Espero que você se arrependa a tempo pois eu vou te esperar até o tempo que Deus quiser.

Chorei quando ele saiu, tive até uma certa vontade de sair correndo atrás dele e dizer que eu estava louca ou qualquer coisa assim, que eu o amava, mas algo me fez ficar ali, imóvel, sem reação a não ser secar as lágrimas que saíram e pensar que amanhã será um novo dia.

E foi fácil até demais, voltei a procurar algumas amigas que se afastaram por causa do meu namoro e a planejar mil coisas. Foram dias de muitas festas e alegrias que na verdade só me traziam dia a dia um enorme vazio. Sempre ao me deitar lembrava dele, pois sua voz era a ultima que eu escutava todos os dias no ultimo ano me dando boa noite. Aquilo começou a me torturar e percebi que não era o que eu realmente queria, que na verdade eu estava confusa, que eu na verdade estava jogando fora minha felicidade e decidi correr atrás dele e tentar reconquista-lo, mas será que ainda dava tempo? Já tinha se passado um mês e nunca mais tínhamos nos falado e muito menos nos visto. Mas eu estava decidida a tentar, passei a mão no telefone e liguei para ele:

- Oi Katy meu amor, como esperava por sua ligação! Disse ele ao atender o telefone. Eu desmoronei na hora em lágrimas e falei.

- Me perdoa meu amor, por favor! Eu não sabia o que estava fazendo, achei que nosso amor era coisa de adolescente e tive medo de sofrer mas percebi que sem você não posso mais viver.

Trocamos juras de amor e decidimos que na segunda feira iriamos nos encontrar para matar a saudades, pois era sábado e ele iria trabalhar com seu primo de segurança em uma casa de shows durante o final de semana.

Fiz mil planos, procurei a roupa perfeita para agradar a ele. Ele adorava me ver de saia, dizia que minhas pernas eram as mais lindas que ele já viu! Não conseguia dormir, a ansiedade me consumia mas sei lá algo estava me deixando atordoada e foi então que às 2 da manhã o telefone de casa tocou. Não consegui ir atender, fiquei sentada na minha cama esperando minha mãe acordar e atender. Não sei o que aconteceu mas algo me disse para não atender. Minha mãe atendeu e então começou a chorar e dizer que não acreditava.

- Como isso aconteceu? Não pode ser verdade!

Eu no meu quarto estava e lá fiquei sem forças para levantar. Foi quando ela desligou o telefone e veio em minha direção. Meus olhos eram fixos e assustado nos dela, não entendia o porquê mais sabia que algo muito ruim tinha acontecido e isso iria mudar minha vida. Ela me abraçou forte e eu chorei sem saber o porquê.

- Filha, foi uma fatalidade, procure ficar calma. Eu então sai de seus braços e me pus em pé na sua frente com os olhos cheios de lágrimas disse.

- Não acredito que Deus fez isso comigo de novo mãe. Isso não pode ser verdade. E me ajoelhei aos seus pés.

- Filha o Arthur sofreu um acidente de moto junto com o primo dele quando eles estavam indo trabalhar. Um carro cortou a frente da moto e eles perderam o controle. Ele bateu a cabeça no meio fio e foi fatal, eu sinto muito. Quando ela terminou sai correndo feito uma louca porta a fora da casa sem olhar para traz.

Como eu puder ser tão imatura, tão infantil? Troquei o amor da minha vida por nada e agora o perdi para sempre. Me perguntava o porquê Deus estava fazendo isso comigo. Primeiro leva meu pai, um homem perfeito, um ser humano raro em sua sensibilidade e respeito ao próximo e agora leva o homem mais amoroso e bondoso que existia e que me fez voltar a sorrir, a acreditar que a vida ainda podia valer a pena. Isso era injusto demais, não conseguia aceitar, precisava ver com meus próprios olhos. Voltei para casa e procurei saber detalhes tentando me controlar para entender tudo. Pedi carona ao vizinho que estava acordado tocando violão na varanda de sua casa e fui ao encontro do meu amor.

Para meu desespero quando cheguei no local ele não estava mais lá. Já tinham levado ele. Sentei no chão sem saber o que fazer, meu vizinho totalmente sem ação sentou ao meu lado e esperou que eu decidisse o que fazer. Depois de um tempo que nem sei qual foi, me levantei e pedi que ele me levasse para casa.

Quando chegamos em casa pra minha dor ainda aumentar a mãe dele estava lá me esperando e quando me viu saiu correndo dizendo que não acreditava.

- Katy é mentira não é? Não pode ser verdade, ele estava tão feliz. Saiu de casa cantando a felicidade dele para todos ouvirem dizendo assim “ela me ama, eu sabia!”. Meu desespero só aumentou quando dei por mim estava na minha cama, olhei para o lado vi o relógio eram 4:42 da manhã. Me perguntei se tudo tinha sido um pesadelo mas logo vi a realidade com a vozes que vinham da sala. Me levantei, troquei de roupa fui ao banheiro e fui até a sala onde minha mãe e minha irmã estavam conversando.

Eram 6 da manhã e eu já estava lá na capela esperando pelo meu amor. Tive medo, como será que ele esta? Será que esse maldito acidente deformou o rosto do meu ébano? Às 10 horas da manhã ele chegou ou seu corpo. Levei um soco no estomago que estava vazio, paralisei quando vi o caixão entrar, não conseguia acreditar que era mesmo verdade. Depois de alguns minutos percebi todos me olhando, a mãe dele sobre o caixão alisando seu rosto e dizendo palavras de amor e então me levantei, meio que dei um pulo, todos se assustaram e temiam minha reação. Caminhei pouco a pouco em direção a ele, cada paço um aperto com maior intensidade que o outro em meu peito, um sentimento de vazio que eu já conhecia e que na verdade sempre esteve ali, mas que tinha sido totalmente ocupado pelo amor, pelo Arthur.

Quando cheguei ao lado do caixão tive a sensação que meu coração parou por alguns instantes, o ar não ia até meus pulmões, tive a impressão que ia desmaiar, mas ai senti a mão forte de uma amiga em minha cintura e sua voz dizendo.

- Você é forte o bastante para passar por isso. Fique firme, chore o que tiver que chorar, grite se tiver que gritar, mas não, em momento algum desista porque ele não ia suportar isso.

Naquele momento fui tomada por um calor tão intenso que o suor correu em meu rosto e se misturou as lágrimas. Eu me debrucei sobre seu corpo frio, observei seu rosto. Um anjo ali deitado, dormindo o sono dos puros, percebi que ele estava em paz e então consegui apenas dizer.

- Eu senti você meu amor, sei que você esta aqui e nunca, jamais vou te fazer sofrer. Eu te amo!